MEIO AMBIENTE

Meio Ambiente promove controle epidemiológico de macacos-prego

Meio Ambiente promove controle epidemiológico de macacos-prego
Macaco-prego no Horto Florestal é monitorado por microchip
A Secretaria de Meio Ambiente (Sema) realiza o controle epidemiológico de mais de 500 macacos-prego no Horto Florestal, monitorados por microchip com dados sobre a saúde do animal. Semanalmente são coletadas amostras de sangue e encaminhadas para o laboratório da Universidade Federal da Integração Latino-Americana em Foz do Iguaçu.

O controle em outros locais como o Parque do Ingá e Bosque 2 é feito com exames de cadáveres encontrados no parque, além da observação dos animais durante o fornecimento de alimentos.

“Em meio a um surto de febre amarela registrado em alguns estados brasileiros a população está preocupada, mas precisa saber que o macaco não é transmissor da doença. Na verdade ele é vítima como o ser humano e apenas hospeda o vírus. O real transmissor é o mosquito que pica o animal doente e transmite a febre para os humanos”, explica a médica veterinária da Sema, Maristela Galvão, lembrando que devido a desinformação e medo da doença, mortes de macacos por ataques de humanos foram registradas no início do ano em alguns municípios brasileiros.

Maristela também destaca que em vez de serem considerados vilões, os macacos devem ser vistos como protetores dos homens. “Mais sensíveis à febre amarela do que os humanos, a morte em massa de primatas pode sinalizar um surto da doença, prevenindo a população para o combate aos mosquitos transmissores”, afirma a veterinária, ressaltando que os últimos casos de mortandade dos macacos ocorreram em 1996 e 2009, mas sem confirmação da febre amarela.

O secretário de Meio Ambiente, Jaime Dallagnol, pede a colaboração da população para não dar alimentos aos animais silvestres, evitando doenças às pessoas como também aos próprios animais. “O fornecimento de alimentos fora do parque estimula os primatas à irem a zona urbana. Esse contato com humanos pode levar os animais a serem infectados pelo vírus da herpes entre outras doenças”, afirmou.

Sintomas

No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, a transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue. Nos humanos, a doença possui sintomas repentinos como febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos.

As primeiras manifestações podem durar até três dias. As formas mais graves têm como sintomas insuficiência hepática e renal, olhos e pele amarelados, e hemorragias. Sintomas de febre amarela, em casos moderados, se assemelham a outras enfermidades tropicais como dengue, chikungunya e leptospirose.

Vacina

Pessoas que vivem em áreas rurais com casos suspeitos e que nunca se imunizaram contra a doença devem se vacinar. Esta vacina geralmente é aplicada em bebês a partir de 9 meses. Idosos, bebês com menos de 6 meses, grávidas e pessoas que estejam doentes devem passar por avaliação médica antes de tomar a vacina. Neste momento precisam se vacinar pessoas que vão viajar ou vivem nas regiões que estão registrando casos da doença: leste de Minas Gerais, oeste do Espírito Santo, noroeste do Rio de Janeiro e oeste da Bahia.