Atualmente a coleta seletiva em Maringá atinge a cobertura de 80% da cidade, além dos distritos de Iguatemi e Floriano, com um processamento mensal de 250 a 300 toneladas. A coleta é feita regularmente pela Prefeitura 5 dias por semana e o material reciclado coletado é distribuído entre as 7 cooperativas existentes. O objetivo do Conselho Municipal Pró-catador é ampliar a coleta para 100% de cobertura a partir dos primeiros meses de 2017. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (14), durante a última reunião do conselho. Na ocasião, o prefeito Roberto Pupin entregou oficialmente 5 caminhões-baú que já estão recolhendo o lixo reciclável na cidade, através do programa Reciclação e informou que está previsto no orçamento do ano que vem a aquisição de outros 5 caminhões para a coleta de recicláveis. No último ano, também foram vários avanços, entre eles a entrega da primeira etapa da Central de Valorização de Materiais Recicláveis (CVMR), um barracão para a Coopermaringá, além de refeitório, banheiros e sedes administrativas para outras 3 cooperativas. Representando a Associação de Reciclagem Popular e Solidária (Arpsol), Aline Cristina Ramos afirmou que foi constituído um grupo de trabalho da coleta seletiva que está realizando reuniões e visitas para avaliar a coleta. “Temos 90 dias de prazo estipulado pela Procuradoria do Trabalho para concluirmos esta avaliação e encaminhar sugestões de como deve ser feita a coleta seletiva a partir do ano que vem. Vamos nos reunir novamente em janeiro para entregar essas avaliações”. Das 7 cooperativas de materiais recicláveis da cidade, 5 delas são contratadas pela Prefeitura, que paga R$ 100 por tonelada de lixo. Além disso, o município oferece espaço físico, equipamentos, água, luz e a estrutura necessária para que seja feito o serviço.
Segundo o gerente de coleta da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, Vanildo Nascimento, a intenção é dividir a cidade em 5 partes. “Faremos a coleta seletiva em cada uma dessas partes uma vez por semana, e todos os dias vamos atender a região central da cidade. Com todos esses avanços estamos conseguindo levar mais materiais para as cooperativas. A partir do ano que vem também será feito um reforço no trabalho de educação ambiental”, disse, ressaltando que os bairros atualmente são avisados da coleta seletiva através do anúncio em carros de som. O secretário de Saneamento, Miguel Grillo, lembrou que nos últimos 4 anos as cooperativas receberam todo o apoio necessário. “Ajudamos na regulamentação de cada uma delas, contratamos as cooperativas, entregamos um barracão novo para a Coopermaringá, tiramos a Cooperpalmeiras de um fundo de vale e demos a eles a estrutura de dois barracões, inauguramos a Central de Valorização de Recicláveis, realocamos a Coopervidros ao lado da Central de Compostagem, que também foi entregue”. Segundo o prefeito Roberto Pupin, a Prefeitura disponibiliza atualmente 5 caminhões-baú para realizar a coleta seletiva, feita por funcionários da Semusp, e outros 12 caminhões compactadores adaptados, que não amassam o lixo, para garantir os 80% de cobertura. “Quando assumi a Prefeitura, a área urbana da coleta de recicláveis era de cerca de 20%, estamos entregando com plena capacidade de atingir os 100% já no início do ano. Abrimos caminho para que as coisas aconteçam e acreditamos que a valorização das cooperativas é a melhor saída”, destacou Pupin, lembrando também do programa Reciclacomércio, uma parceria com a Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM), que garante a coleta de recicláveis nas principais avenidas comerciais da cidade.