A exposição “O Som do Olhar” será aberta às 20 horas desta sexta-feira (3), dentro do projeto Convite às Artes Visuais, da Secretaria Municipal de Cultura (Semuc). O trabalho é uma parceria entre o fotógrafo Rafael Saes e o músico e compositor Paulinho Schoffen, e fica em cartaz no Museu de História e Arte Hélenton Borba Cortes, no Teatro Calil Haddad, até o dia 27 de junho, com entrada franca. Serão expostas 12 fotografias, resultado do espetáculo multiartístico “O som do olhar: a música da imagem e a imagem do som”, realizado em 2014 por meio da interação artística entre Rafael Saes e Paulinho Schoffen: cada imagem inspirou uma canção de Schoffen, que por sua vez conduziu à composição das imagens de Saes. Naquela ocasião o projeto foi contemplado pelo edital Cultura 2014, que levou projetos culturais de várias áreas para cidades que receberiam os jogos da Copa do Mundo (neste caso, Curitiba). Na abertura, nesta sexta-feira, haverá um pocket show com Paulinho Schoffen. “Será guitarra e voz, vou apresentar seis das 13 canções do projeto, sendo três que inspiraram fotografia e três que foram inspiradas pelas imagens”, explica Schoffen. Proposta
Essa mostra é um convite ao jogo entre o som e a imagem proposto pelos autores. As fotografias compostas por Rafael Saes, dentre elas quatro influenciadas pelas canções de Schoffen, baseiam-se também na técnica e obra do pintor norte-americano Edward Hopper (1882 - 1967), reconhecido por suas pinturas realistas e cotidianas em diversos cenários. Inspirado nas técnicas de luz e sombra e nas representações realistas cotidianas de Hopper, propõe retratar cenas da vida real revelando a subjetividade do personagem em cena, se colocando como um observador que narra a cena por meio da imagem. Saes se inspirou além da solidão impressa nas imagens de Hopper, o contraste entre luz e sombra, entre o interior versus exterior tanto no cenário quanto na subjetividade da personagem retratada em contraponto ao social, e também, a figura feminina introspectiva. Portanto, a escolha de Edward Hopper enquanto inspiração no processo criativo de Saes se justifica tanto pelo objetivo de resgatar o realismo das cenas cotidianas quanto à valorização das subjetividades envolvidas. A compreensão é da arte enquanto um produto cultural, e por isso mesmo, é uma aquisição da humanidade e todos têm o direito a acessibilidade e usufruir do que ela pode despertar. Para alcançar esse objetivo a dupla optou por um projeto artístico em que a transversalidade é eixo que possibilita a resignificação da arte, a fotografia atravessa a música, a música atravessa a fotografia, entre outros atravessamentos como a poesia e as artes cênicas. A fotografia e a música são os principais argumentos, ambas se inspiram uma na outra, para criar um produto cultural singular.
Serviço:http://www.maringa.com/eventos/6245/EXPOSICAO+O+Som+do+Olhar