ECONOMIA

Comércio paranaense inicia segundo semestre no vermelho

Comércio paranaense inicia segundo semestre no vermelho
Comércio recuou 3,5% em julho no Estado

O volume de vendas dos estabelecimentos comerciais de varejo na mensuração restrita – que não considera os ramos de veículos, motos e material de construção – caiu 3,5% em julho de 2015, no Paraná, na comparação com o mesmo mês de 2014, frente ao recuo de 3,5% na média nacional. As informações são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os principais responsáveis por esse resultado foram os setores de móveis (-20,2%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-14%), livros, jornais, revistas e papelaria (-11,2%), tecidos, vestuário e calçados (-6,9%) e eletrodomésticos (-5,8%).

No acumulado de janeiro a julho de 2015, o comércio varejista paranaense recuou 0,2% diante decréscimo de 2,4% na média nacional. As principais contribuições positivas vieram dos ramos de móveis (-12,9%), livros, jornais, revistas e papelaria (-10,6%), tecidos, vestuário e calçados (-7,7%) e eletrodomésticos (-5,6%).

No indicador acumulado em doze meses, encerrados em julho de 2015, as vendas do comércio regional cresceram 0,4% frente à queda de 1% na média nacional. Os ramos que mais influenciaram positivamente no aumento das vendas foram equipamentos e materiais para escritório (7,3%), artigos pessoais e domésticos (4,9%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos de perfumaria e cosméticos (3,3%), combustíveis e lubrificantes (1,9%) e hipermercados e supermercados (1,9%)

Na definição ampliada, que contempla, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, caiu 9,3% no mês de julho, recuou 6,9% no acumulado dos primeiros sete meses de 2015 e declinou 5,4% no acumulado em doze meses (terminados em julho). No Brasil, o volume de vendas comercial mostrou variação negativa de 6,8% no mês, redução de 6,5% no acumulado do ano e recuo de 4,9% em doze meses.

Para o economista Francisco José Gouveia de Castro, diretor do Centro Estadual de Estatísticas do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), os resultados do comércio varejista paranaense, em julho de 2015, apontam o contágio das condições macroeconômicas nacional na esfera estadual. “A escalada da inflação tem comprometido o poder de compra das famílias, juntamente com o aumento da taxa de juros e das expectativas negativas quanto ao futuro da economia”, analisa.