O secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi, divulgou nesta segunda-feira (2), o primeiro Índice de Levantamento de Infestação do Mosquito da Dengue (Lira), de 2015, com média geral de 2,2%, considerada acima do aceitável pela Organização Mundial de Saúde, que é de 1%. “O índice elevado, a grande quantidade de regiões como área de médio risco e a presença de focos sempre nas mesmas condições mostra a necessidade de mobilização das pessoas”, alerta Nardi. O Lira foi realizado entre os dias 26 e 30 de janeiro, um período com chuvas constantes e temperaturas elevadas. Nardi observa que as condições da semana do levantamento mostram a realidade do índice do mosquito por toda a cidade. “O levantamento foi realizado com alguma dificuldade mas as chuvas e o calor criaram um clima favorável para a proliferação do mosquito, e é isso que constatamos neste Lira”. Nardi destacou que por determinação do prefeito Roberto Pupin, o combate à dengue é uma ação de governo, portanto envolvendo toda administração e sem interrupção. “Não paramos nenhuma campanha ou ação de controle da dengue e junto com o Comitê Municipal de Combate à Dengue estamos mobilizados contra o mosquito. Mas precisamos da participação da sociedade”, declarou. Até a última sexta-feira, 30 de janeiro, a Secretaria de Saúde registrou 99 notificações e um caso confirmado. Números que segundo o secretário comprovam as ações de governo contra o mosquito. No ano passado neste mesmo período, lembrou Nardi, 60% dos casos notificados eram confirmados, desencadeando uma ampla ação em áreas mais críticas como as regiões do Guaiapó/Requião e do Jardim Alvorada.
LixoO primeiro Lira de 2015, realizado entre os dias 26 e 30 de janeiro, apontou que os focos do mosquito continuam nas mesmas condições, com 50,2% localizados no lixo intradomiciliar e outros resíduos, seguido do prato de vaso com 24,2%, barris e tinas com 14,6%, os depósitos fixos com 6,4%, pneus com 2,7%, depósitos naturais com 0,9% e também com 0,9% em caixas d’água. A região da Vila Morangueira e Alvorada III aparece como a primeira com médio risco, com índice de 3,8%; e com 57,9% dos focos localizados no lixo intradomiciliar e outros resíduos, seguido por vasos de plantas com 26,3%. Em seguida aparece o Recanto dos Magnatas, Jardim Monções e as zonas 5 e 6, com índice de 3,8% com 45% dos casos nos pratos de vasos e 30% no lixo. Na terceira área de médio risco está o Jardim Alvorada I, II e III e Ebenezer com índice de 3,7% e empatados com 31,8% dos focos no lixo e em depósitos fixos. “Aqui é importante observar que no ano passado realizamos uma grande mobilização e o projeto Plantando Saúde junto com a Unimed, visitando casa por casa, e o índice agora confirma o comportamento das pessoas”, lembrou Nardi. Na sequência aparece ainda com médio risco a região do Hortência, Hortência II, Ney Braga, Moradias Atenas e Mandacaru I, com índice de 3% e focos em 42,9% em vasos de plantas; seguido pela área do Jardim Novo Horizonte, com índice de 3% e 60% dos focos nos pratos de vasos e 33,3% no lixo.
O distrito de Iguatemi, São Domingos e Conjunto Santa Terezinha, aparecem com índice de 2,8%, com 57,1% dos focos no lixo e 42,9% nos pratos de vasos. Também com médio risco está a região do Jardim Universitário e Vila Esperança 2,7% e com 60% dos casos no lixo. Nardi lembra que essa região da Vila Esperança aparecia com índice zero no último Lira do ano passado, realizado em dezembro. Na sequência está a região do Conjunto Champagnat, Paulino, Requião II, Paulista e Colina Verde, com 2,6% com 46,2% dos focos no lixo e 23,1% no prato do vaso de planta. A região do Parque da Gávea, Cidade Alta e Tarumã, aparece com índice de 2,6% com 78,6% dos focos no lixo, e outros 14,3% nos pratos de vasos. O Jardim América, Parigot de Souza, Karina, Patrícia e Requião está com índice de 2,4% e com 73,3% dos focos no lixo, com outros 13,3% em pneus. As regiões do Jardim Real, Laranjeiras e Monte Rey aparece com índice de 1,9% e 77,8% no lixo, e 22,2% em barris e tinas. Na sequência está a região do Jardim Ouro Cola, Cocamar, subestação da Copel, Parque Itaipu, Posto Boa Vista, Borba Gato, São Clemente e distrito de Floriano, com índice de 1,8% e focos em 44,4% no lixo e outros 33,3% em barris e tinas. O Jardim Olimpico, Montreal, Mandacaru e Mandacaru II aparecem com 1,7% e metade dos focos em pratos de vasos e outros 30% nos barris e tinas, com 20% no lixo. A zona Central está com índice de 1,7% com 37,5% nos depósitos fixos e com o mesmo número no lixo. Já na região das Zonas 4 e 7 o índice é de 1,5% e 71,4% dos focos no lixo e 14,3% em barris e tinas e depósitos fixos. A região do Parque Residencial Aeroporto, Conjunto Porto Seguro e Vila Nova aparece com índice de 1,5% e 57,1% no lixo, seguido dos vasos de plantas, depósitos fixos e barris e tinas com 14,3% cada. A última região com médio risco é do Lea Leal, Branca Vieira, Oásis e Pinheiros, com índice de 1% e a totalidade dos focos no lixo. Com baixo risco a primeira região é do Parque das Grevíleas, Quebec, Herman Moraes de Barros, Parque das Bandeiras, Jardim Diamante, Oriental e Cidade Campo, 0,8% e metade dos focos nos barris e tinas com empatados com 25% lixo e vasos de plantas. Na sequência está a região da Vila Operária e Zona 8, com índice de 0,7% e empatados com 33,3% dos focos em vasos de plantas, lixo e nos barris e tinas. Finalizando aparecem a região do Posto Duzentão, Cidade Nova, Jardim Eldorado, Cidade Jardim, Loteamento Sumaré e Jardim Licce, com índice de 0,4% e com 100% dos focos no lixo e outros resíduos intradomiciliares.
RiscoO secretário Antônio Carlos Nardi observa que a maior parte das áreas está com médio risco, portanto criando condições para a proliferação rápida do mosquito por toda a cidade. “Apenas a ação das pessoas pode mudar isso”, alerta, destacando que as notificações deste ano foram registradas em todas as regiões, com destaque para o Jardim Alvorada. Nardi lembra ainda que as campanhas e ações de combate à dengue estão em andamento e outras sendo preparadas, como a Volta às Aulas sem Dengue que será desencadeada nos próximos dias com a Secretaria de Educação. “As escolas municipais trabalham o tema combate à dengue o ano todo, pelo menos uma vez por mês com cada turma, transformando nossos alunos em multiplicadores do combate à água parada”. A Secretaria de Saúde, junto com a Secretaria de Cultura, preparam também a campanha Carnaval sem Dengue e sem Aids, que será levada em parceria com o Comitê Municipal a todas as festas realizadas pela Prefeitura e pelos Clubes. Nardi destacou também o trabalho realizado pelos Agentes Ambientais e as Unidades Básicas de Saúde no combate à dengue. “O Lira agora vai basear o trabalho de todas as equipes e do Comitê”, lembra o secretário.