Os Portos de Paranaguá e Antonina fecharam o ano de 2014 com um total de 45,5 milhões de toneladas de cargas movimentadas. Ao longo do ano, os portos paranaenses exportaram 27,9 milhões de toneladas e importaram outras 17,1 milhões de toneladas. O resultado foi 1,3% abaixo do que o registrado em 2013, quando foram movimentadas 46,1 milhões de toneladas em cargas. Na divisão dos segmentos, a movimentação de carga geral é o principal destaque positivo. O grupo fechou o ano com aumento de 3,9%, passando das 9,043 milhões de toneladas exportadas ou importadas em 2013 para 9,396 milhões de toneladas movimentadas em 2014.Já no segmento de graneis sólidos, foram movimentados 31,230 milhões de toneladas ao longo dos 12 meses do ano 2% a maior do que foi registrado em 2013, quando a movimentação foi de 31,909 milhões de toneladas. Entre os graneis líquidos, a movimentação em 2014 foi de 4,471 milhões de toneladas, resultado que ficou 7% abaixo das 4,803 milhões de toneladas do ano anterior.Na separação por produtos, a soja foi a carga mais exportada, com um total de 7,5 milhões de toneladas. Farelo (5,179 milhões de toneladas), açúcar (4,399 milhões de toneladas) e milho (4,204 milhões de toneladas) completam a lista de principais produtos exportados. No movimento contrário, os fertilizantes representaram mais da metade da carga importada pelos portos paranaenses, com 9,698 milhões de toneladas. No que diz respeito à entrada e saída de veículos pelos portos paranaenses, o ano fechou com um total de 37 mil unidades exportadas e 82 mil unidades importadas.
Segundo Luiz Henrique Dividino, diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), o resultado ficou aquém do programado por conta de diversos eventos da economia global. “Nos graneis agrícolas, por exemplo, a pequena queda percebida se deu pela baixa dos preços das commodities na bolsa de Chicago, que desestimulou a venda para o mercado exterior. No segmento de veículos, a queda se deu em função da conturbada relação do comercio exterior com a Argentina e a queda na venda de veículos no mercado interno. Esta situação se desdobrou também na redução de parcela da movimentação de contêineres que trazem peças e componentes automotivos”, explica. Já no segmento de contêineres, foram movimentados 757 mil TEUs (unidade de medida equivalente a contêineres de 20 pés) no total. Em relação a 2013, a movimentação foi 2,4% maior, já que no ano anterior a marca foi de 739 mil TEUs. Na exportação, a alta foi de 7,1%, com 380 mil TEUs movimentados ao longo do ano. No sentido contrário, foram 377 mil TEUs, registrando uma queda de 1,9% nas importações via contêiner.Segundo o secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, José Richa Filho, o desempenho da economia brasileira prejudicou a movimentação de produtos de alto valor agregado. “Por outro lado, o ano de 2014 foi marcado por grandes realizações nos Portos do Paraná”, afirmou. Ele disse que com investimentos do Governo do Estado inúmeras ações realizadas proporcionarão a importadores e exportadores melhores condições operacionais. “No Corredor de Exportação, por exemplo, adquirimos quatro novos shiploders (carregadores de navios) com capacidade 33% maior do que os atuais que já começaram na exportação da safra 2014/2015. Inauguramos também um novo cais de contêineres com 315 metros com quatro novos transtêineres (guindastes de contêineres)”, explica Richa Filho.Com o prolongamento do cais, o Porto de Paranaguá se qualificou a receber os maiores navios porta-contêiner que já escalaram a costa brasileira, de 368 metros de comprimento por 51 metros de largura. Esta embarcação, inclusive, deverá escalar Paranaguá no primeiro semestre de 2015.