DENGUE

Índice de 1,9% do mosquito da dengue coloca Saúde em alerta

A Secretaria de Saúde divulgou nesta segunda-feira (8), o quarto Levantamento de Índice do mosquito Aedes aegypti de 2014, o LIRA, que alcançou uma média geral de 1,9% colocando a equipe e o Comitê Municipal de Combate a Dengue em alerta. O secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi, alerta que o LIRA saiu de um índice aceitável de 0,4% em setembro para alcançar uma média preocupante. “Voltamos a apelar aos moradores para os cuidados com água parada, especialmente com lixo e outros resíduos no quintal, que continua como principal criadouro do mosquito, com o agravante para o risco da febre chikungunya”, alertou.

A média, observou Nardi, está acima da aceitável pela Organização Mundial de Saúde, que é de 1%, mas existem situações de alto risco exigindo ações mais efetivas também da comunidade. “No início do ano o primeiro LIRA em março apontou um índice geral de 2,4%, e os meses seguintes registraram um volume elevado de casos confirmados mesmo com todas as ações dos Agentes Ambientais e do Comitê Municipal de Combate à Dengue. Agora precisamos voltar à ação e contamos com o apoio da população”.

A situação mais crítica neste levantamento, realizado entre os dias 24 e 28 de novembro, é do Jardim Olímpico, Montreal, Mandacaru e Mandacaru II com 4,2%, alto risco e 45% dos focos localizados no lixo e em resíduos nos quintais e 25% em pneus. Em seguida aparece a região do Conjunto Champagnat, Paulino, Requião II, Jardim Paulista e Colina Verde com 3,5%, baixo risco e mais de 63% dos focos no lixo.

A segunda área de médio risco é do Lea Leal, Branca Vieira, Oásis e Pinheiros, com 3,3% e 58,8% dos focos no lixo e 42,1% nos pratos de vasos. A terceira área de médio risco é da região do Parque Residencial Aeroporto, Porto Seguro e Vila Nova, com 2,9%, e quase 70% dos focos no lixo e resíduos. Na sequência aparece a Vila Morangueira e ampliação, com 2,8%, também com médio risco e 75% no lixo.

A região do Jardim Alvorada, Alvorada II e Ebenezer também apresentou 2,8% de índice e 53,8% dos focos no lixo e resíduos. A região do Jardim Ouro Cola, Cocamar, subestação da Copel, Parque Itaipu, Borba Gato, São Clemente e distrito de Floriano ficaram com índice de 2,4%. com mais de 37% no lixo e resíduos e a mesma porcentagem em barris e tinas.

Ainda no médio risco aparece a região do Recanto dos Magnatas, Jardim Monções e as zonas 5 e 6, com índice de 1,9% e 36,4% dos focos no lixo, seguindo dos pratos de vasos com 27,3% e barris e tinas com 18,2%. A região do Jardim América, Parigot de Souza, Karina, Patrícia e Requião estão com 1,8% e mais de 55% dos focos no lixo. No Parque da Gávea, Cidade Alta e Tarumã o índice de 1,7% e 44,4% dos focos nos pratos de vasos.

Na região do Jardim Novo Horizonte o índice ficou em 1,5%, com 33,3 nos barris e tinas, e 25% no lixo. Nas zonas 4 e 7, ainda com médio risco, o índice ficou em 1,4% com mais de 85% dos focos no lixo e resíduos em quintais. Na região do Hortência, Hortência II, Ney Braga, Moradias Atenas e Mandacaru I, o índice foi de 1,3%, com os focos divididos entre o lixo com 50% e barris e tinas com a outra metade.

A área do Jardim Real, Laranjeiras e Monte Rey aparece com 1,2% de focos com mais de 83% dos criadouros no lixo. Na Vila Operária e Zona 8 o índice ficou em 1,1% com os principais focos no lixo com 60%. A primeira área de baixo risco é do Jardim Universitário, Vila Esperança e Vila Esperança II, com 0,9% e 80% dos focos no lixo. O distrito de Iguatemi, São Domingos e Conjunto Santa Terezinha, com 0,8% e a totalidade dos focos no lixo e resíduos.

O mesmo índice de 0,8% ficou na área central, com 50% dos focos nos pratos de vasos, 25% nas caixas d’água e 25% nos depósitos fixos. A região do Posto Duzentão, Cidade Nova, Jardim Eldorado, Cidade Jardim, Loteamento Sumaré e Jardim Licce apresentou 0,7% com mais de 66% dos focos no prato de vaso. Com 0,4% está a região do Parque das Grevileas, Quebec, Herman Moraes de Barros, Parque das Bandeiras, Jardim Diamante, Oriental e Cidade Campo, com 100% dos focos em lixo nos quintais.

Nardi apresentou também as ações realizadas durante o ano pelo Programa Municipal de Controle da Dengue e do Comitê Municipal de Combate a Dengue, com destaque para as campanhas como o Vida sem Dengue e o Plantando Saúde em parceria com a Unimed. Foram intimados a produzir e apresentar o Plano de Gerenciamento para a Prevenção e Controle da Dengue mais de 80 empresas, metade delas borracharias. Além das campanhas como Finados sem Dengue e as que estão preparadas para lançamento como Férias, Natal e Ano Novo sem Dengue, o secretário destacou a mobilização pelo Dia de Luta contra a Dengue, com todas as Unidades Básicas de Saúde realizando ações durante uma semana junto ao público.

A partir deste LIRA, lembra Nardi, a secretaria inicia as estratégias de ação contra o mosquito. “Por determinação do prefeito Roberto Pupin o combate à dengue é uma ação de governo, e vamos intensificar as estratégias com as temperatuas mais elevadas e a chuva mais constante, lembrando do risco também para a febre chikungunya”, alertou o secretário.

A febre chukungunya é transmitida pelo Aedes aegypti e também pelo Aedes albopictus, o pernilongo, e tem os mesmos sintomas que a dengue. A doença chegou ao Brasil e já registra mais de mil casos. Ainda esta semana a Secretaria de Saúde inicia a capacitação técnica dos profissionais para a febre.