A Campanha Nacional de Vacinação contra a Paralisia Infantil, que está sendo oferecida junto com a vacinação contra o sarampo, vai até o próximo dia 12 de dezembro, em todas as Unidades Básicas de Saúde e na Sala de Vacina da Secretaria, na Zona 7. Contra a paralisia infantil devem ser vacinadas crianças com idade entre seis meses e menores de cinco anos de idade (6 meses a 4 anos 11 meses e 29 dias), e contra o sarampo com idade entre um ano a menores de cinco anos. A prorrogação foi decidida devido a baixa cobertura alcançada pela campanha, que visa imunizar pelo menos 95% das crianças na faixa etária de cada vacina. Em Maringá até a semana passada foram vacinadas pouco mais de 84% contra a paralisia infantil e em torno de 80% contra o sarampo. “Alertamos os pais para a importância da vacinação neste período, mesmo no caso das crianças já imunizadas contra o sarampo”, adianta o secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi. O objetivo da campanha da polio, explica o secretário, é manter elevada cobertura vacinal de forma homogênea em todos os municípios, visando evitar a reintrodução do vírus selvagem da polio no país, garantindo a condição de país certificado internacionalmente para a erradicação da poliomielite. O Brasil está livre da poliomielite desde 1990, tendo recebido em 1994 a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem em seu território conferido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). A continuidade das campanhas de vacinação é fundamental para evitar a reintrodução da doença no país, uma vez que dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstram que desde o ano passado 10 países registraram casos da doença e três deles são considerados endêmicos (Paquistão, Nigéria e Afeganistão).
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral. A campanha da vacina tríplice viral visa imunizar todas as crianças de um ano a menores de cinco anos. Essa vacina é mantida o ano todo em toda rede, e mesmo as crianças que já tomaram a dose devem procurar uma Unidade Básica de Saúde com a carteira de vacinação. Os últimos casos de contágio autóctone de sarampo no Brasil ocorreram em 2000 e, desde então, os casos registrados foram importados ou relacionados à importação. Em 2013 e 2014, foram registrados casos importados no país, com concentração em Pernambuco e Ceará. No mundo, em 2014, foram registrados 160 mil casos da doença e com o fluxo de turismo e comércio entre os países o risco de contaminação se eleva. O sarampo é uma doença viral aguda grave e altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A única forma de prevenção é por meio da vacina.