SAÚDE

Campanha de vacinação que termina no próximo dia 28, já imunizou 69% das crianças contra paralisia

A campanha de vacinação contra a poliomielite (paralisia infantil) imunizou até quinta-feira (20), 13.630 crianças entre seis meses e menores de cinco anos de idade (6 meses a 4 anos 11 meses e 29 dias), ou 69,38% do público-alvo. A vacinação contra o sarampo, realizada junto com a campanha da polio e destinada a crianças com idade entre um ano a menores de cinco anos, alcançou 11.936 crianças, ou 69,18% da meta para Maringá.

As duas vacinas, contra a paralisia infantil e a tríplice viral, que além do sarampo garante imunização contra caxumba e rubéola, continuam a ser oferecidas em todas as Unidades Básicas de Saúde e na Sala de Vacina da secretaria até a próxima sexta-feira, 28 de novembro. Como a meta determinada pelo Ministério da Saúde é vacinar 95% das crianças da faixa etária, e pelo número de vacinas aplicadas até agora, dificilmente a campanha será prorrogada.

O principal objetivo da campanha da paralisia infantil é manter elevada cobertura vacinal contra a poliomielite de forma homogênea em todos os municípios, visando evitar a reintrodução do vírus selvagem da polio no país, garantindo assim, a condição de país certificado internacionalmente para a erradicação da poliomielite. A utilização da vacina poliomielite oral favorece a proteção coletiva por meio da disseminação do vírus vacinal no meio ambiente.

Além das 18 milhões de doses da vacina oral poliomielite (VOP), o Ministério da Saúde repassou a vacina inativada poliomielite (VIP), injetável destinada a crianças que estão com esquema vacinal atrasado. A vacina oral poliomielite é segura e são raras as reações. Com a introdução da vacina inativada poliomielite (VIP) em 2012 substituindo estas duas primeiras doses, o risco é considerado baixíssimo.

O Brasil está livre da poliomielite desde 1990, tendo recebido em 1994 a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem em seu território conferido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). A continuidade das campanhas de vacinação é fundamental para evitar a reintrodução da doença no país, uma vez que dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstram que desde o ano passado 10 países registraram casos da doença e três deles são considerados endêmicos (Paquistão, Nigéria e Afeganistão).

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.