SAÚDE

Campanha de vacinação contra a paralisia infantil já imunizou 48% das crianças

Campanha de vacinação contra a paralisia infantil já imunizou 48% das crianças
Campanha termina no próximo dia 28

A campanha de vacinação contra a poliomielite (paralisia infantil) já vacinou 9.478 crianças entre seis meses e menores de cinco anos de idade (6 meses a 4 anos 11 meses e 29 dias), ou 48,25% do público-alvo. A vacinação contra o sarampo, realizada junto com a campanha da polio e destinada a crianças com idade entre um ano a menores de cinco anos, alcançou 8.081 crianças, o que representa 46,84% do total da meta para Maringá.

As duas vacinas, contra a paralisia infantil e a tríplice viral, que além do sarampo garante imunização contra caxumba e rubéola, continuam a ser oferecidas em todas as Unidades Básicas de Saúde e na Sala de Vacina da secretaria. A meta determinada pelo Ministério da Saúde é vacinar 95% das crianças da faixa etária, que em Maringá é de 19.645 crianças para a pólio e 17.548 para a tríplice viral.

O principal objetivo da campanha da paralisia infantil é manter elevada cobertura vacinal contra a poliomielite de forma homogênea em todos os municípios, visando evitar a reintrodução do vírus selvagem da polio no país, garantindo assim, a condição de país certificado internacionalmente para a erradicação da poliomielite. A utilização da vacina poliomielite oral favorece a proteção coletiva por meio da disseminação do vírus vacinal no meio ambiente.

Além das 18 milhões de doses da vacina oral poliomielite (VOP), o Ministério da Saúde repassou a vacina inativada poliomielite (VIP), injetável destinada a crianças acima de seis meses que estão com esquema vacinal atrasado. A vacina oral poliomielite é segura e são raras as reações associadas ao seu uso nas duas primeiras doses do esquema básico. Com a introdução da vacina inativada poliomielite (VIP) em 2012 substituindo estas duas primeiras doses, o risco é considerado baixíssimo.

O Brasil está livre da poliomielite desde 1990, tendo recebido em 1994 a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem em seu território conferido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). A continuidade das campanhas de vacinação é fundamental para evitar a reintrodução da doença no país, uma vez que dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstram que desde o ano passado 10 países registraram casos da doença e três deles são considerados endêmicos (Paquistão, Nigéria e Afeganistão).

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.

Tríplice Viral

A campanha da vacina tríplice viral visa imunizar todas as crianças de um ano a menores de cinco anos. Essa vacina é mantida o ano todos em toda rede, e mesmo as crianças que já tomaram a dose devem procurar uma Unidade Básica de Saúde com a carteira de vacinação.

Os últimos casos de contágio autóctone de sarampo no Brasil ocorreram em 2000 e, desde então, os casos registrados foram importados ou relacionados à importação. Em 2013 e 2014, foram registrados casos importados no país, com concentração em Pernambuco e Ceará. No mundo, em 2014, foram registrados 160 mil casos da doença e com o fluxo de turismo e comércio entre os países o risco de contaminação se eleva.

O sarampo é uma doença viral aguda grave e altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A única forma de prevenção é por meio da vacina.