A campanha de vacinação contra a poliomielite (paralisia infantil) e o sarampo prosseguem em todas as Unidades Básicas de Saúde e na Sala de Vacina da Secretaria de Saúde até o próximo dia 28 de novembro. A orientação aos pais é imunizar os filhos o quanto antes. “O movimento está bom, e o ideal é que os pais não deixem para os últimos dias evitando as filas demoradas”, aconselha o secretário Antônio Carlos Nardi. Contra a paralisia infantil devem ser vacinadas todas as crianças entre seis meses e menores de cinco anos de idade (6 meses a 4 anos 11 meses e 29 dias). A meta determinada pelo Ministério da Saúde é imunizar pelo menos 95% da população-alvo, que em Maringá é de 19.645 crianças. A vacina tríplice viral, destinada à vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola é aplicada em crianças de um ano a menores de cinco anos. A meta da triplice viral também é de 95% e em Maringá o público-alvo é de 17.548 crianças. O principal objetivo da campanha da paralisia infantil é manter elevada cobertura vacinal contra a poliomielite de forma homogênea em todos os municípios, visando evitar a reintrodução do vírus selvagem da polio no país, garantindo assim, a condição de país certificado internacionalmente para a erradicação da poliomielite. A utilização da vacina poliomielite oral favorece a proteção coletiva por meio da disseminação do vírus vacinal no meio ambiente. Além das 18 milhões de doses da vacina oral poliomielite (VOP), o Ministério da Saúde repassou a vacina inativada poliomielite (VIP), injetável destinada a crianças acima de seis meses que estão com esquema vacinal atrasado. A vacina oral poliomielite é segura e são raras as reações associadas ao seu uso nas duas primeiras doses do esquema básico. Com a introdução da vacina inativada poliomielite (VIP) em 2012 substituindo estas duas primeiras doses, o risco é considerado baixíssimo. O Brasil está livre da poliomielite desde 1990. Desde então, não houve novos casos registrados e, em 1994, o país recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem em seu território.
A continuidade das campanhas de vacinação é fundamental para evitar a reintrodução da doença no país, uma vez que dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstram que desde o ano passado 10 países registraram casos da doença e três deles são considerados endêmicos (Paquistão, Nigéria e Afeganistão). A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.
Tríplice ViralA campanha da vacina tríplice viral visa imunizar todas as crianças de um ano a menores de cinco anos. Essa vacina é mantida o ano todos em toda rede, e mesmo as crianças que já tomaram a dose devem procurar uma Unidade Básica de Saúde com a carteira de vacinação. Os últimos casos de contágio autóctone de sarampo no Brasil ocorreram em 2000 e, desde então, os casos registrados foram importados ou relacionados à importação. Em 2013 e 2014, foram registrados casos importados no país, com concentração em Pernambuco e Ceará. No mundo, em 2014, foram registrados 160 mil casos da doença e com o fluxo de turismo e comércio entre os países o risco de contaminação se eleva. O sarampo é uma doença viral aguda grave e altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A única forma de prevenção é por meio da vacina.