SAÚDE

Dia D da campanha de vacinação contra a poliomielite será neste sábado (8)

Dia D da campanha de vacinação contra a poliomielite será neste sábado (8)
Vacina será oferecida nas UBS

O próximo sábado, dia 8 de novembro, será o Dia D da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, a paralisia infantil, que este ano por determinação do Ministério da Saúde inclui a imunização também contra o sarampo. Portanto, ao contrário dos outros anos, quando era disponibilizada a vacina em postos volantes como shoppings, supermercados e outros locais, este ano a vacina será oferecida apenas nas Unidades Básicas de Saúde e na Sala de Vacina da Secretaria de Saúde, na Zona 7.

O secretário de Saúde de Maringá, Antônio Carlos Nardi, alerta os pais para o Dia D. “Os pais devem aproveitar a mobilização deste sábado para vacinar os filhos, lembrando que não teremos os postos volantes, com a vacinação oferecida apenas nas Unidades Básicas de Saúde e na Sala de Vacina da Secretaria, na Zona 7”, alerta. Nardi reforça ainda que a UBS Mandacaru realizará a vacinação neste sábado mas não no período da campanha, devido a reforma no local, e a UBS Portal das Torres, que será inaugurada nesta sexta-feira, não vai oferecer as vacinas.

A população alvo da campanha são as crianças entre seis meses e menores de cinco anos de idade (6 meses a 4 anos 11 meses e 29 dias). A meta para Maringá é imunizar 95% da população alvo, que é de 19.939 crianças. No Brasil a expectativa do Ministério da Saúde é vacinar 12,7 milhões de crianças até o final da campanha, no dia 28 de novembro. “Pais e responsáveis de crianças com idade entre seis meses e menos de cinco anos devem vacinar as crianças, aproveitando o Dia D neste sábado ou depois em qualquer Unidade Básica de Saúde e na Sala de Vacina”, alerta Nardi.

O principal objetivo da campanha é manter elevada cobertura vacinal contra a poliomielite de forma homogênea em todos os municípios, visando evitar a reintrodução do vírus selvagem da poliomielite no país, garantindo assim a condição de país certificado internacionalmente para a erradicação da poliomielite. A utilização da vacina poliomielite oral favorece a proteção coletiva por meio da disseminação do vírus vacinal no meio ambiente.

O Ministério da Saúde está distribuindo cerca de 18 milhões de doses da vacina oral poliomielite (VOP) - vacina em gotas - que será utilizada prioritariamente. As crianças acima de seis meses que estão com esquema vacinal atrasado vão receber a vacina inativada poliomielite (VIP), injetável.

A vacina oral poliomielite (VOP) é segura e são raras as reações associadas ao seu uso nas duas primeiras doses do esquema básico. Com a introdução da vacina inativada poliomielite (VIP) em 2012 substituindo estas duas primeiras doses, o risco é considerado baixíssimo. O Brasil está livre da poliomielite desde 1990, sem casos registrados. Em 1994 o país recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem.

A continuidade das campanhas de vacinação é fundamental para evitar a reintrodução da doença no país. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstram que desde o ano passado 10 países registraram casos da doença e três deles são considerados endêmicos (Paquistão, Nigéria e Afeganistão).

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.

Tríplice Viral

A vacina tríplice viral, destinada à vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola, será aplicada em crianças de um ano a menores de cinco anos. A estimativa é vacinar 10,9 milhões de crianças em todo o Brasil. Em Maringá a meta mínima é vacinar 95% da população-alvo, de 17.548 crianças. Para que sejam cumpridas todas as fases da imunização, as vacinas contra a poliomielite, o sarampo, rubéola e caxumba continuam disponíveis durante todo o ano nas UBS.

Os últimos casos de contágio autóctone de sarampo no Brasil ocorreram em 2000 e, desde então, os casos registrados foram importados ou relacionados à importação. Em 2013 e 2014, foram registrados casos importados no país, com concentração nos estados de Pernambuco e Ceará. No mundo, em 2014, foram registrados 160 mil casos da doença e com o fluxo de turismo e comércio entre os países o risco de contaminação se eleva.

O sarampo é uma doença viral aguda grave e altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A única forma de prevenção é por meio da vacina.