PREVENÇÃO

UBS iniciam vacinação contra hepatite A e a segunda dose de HPV nesta segunda (1).

UBS iniciam vacinação contra hepatite A e a segunda dose de HPV nesta segunda (1).
Meninas entre 11 e 13 anos completos devem procurar as UBS para a segunda dose
A Secretaria de Saúde alerta especialmente os pais para o calendário de vacinas que traz novidades. A partir desta data, 1º de setembro, as Unidades Básicas de Saúde e a Sala de Vacina da Secretaria, na Zona 7, iniciam a vacinação contra a Hepatite A e a segunda dose de HPV, além de continuar a vacinação contra a Influenza (gripe). A vacina contra Hepatite A na rede pública será oferecida exclusivamente para crianças com idade entre 12 meses e menos de dois anos. Crianças vacinadas na rede privada não precisam receber essa dose.

Também inicia nessa data a vacinação da segunda dose para HPV, exclusivo para meninas de 11 a 13 completos (13 anos, onze meses e 29 dias). “Os pais que ainda não vacinaram as filhas nesta faixa de idade devem aproveitar porque a partir do próximo ano o Ministério da Saúde vai alterar a faixa etária para a imunização contra o HPV”, alerta o secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi.

O secretário alerta que em Maringá a vacina contra o HPV não alcançou a meta de 80% determinada pelo Ministério da Saúde, e convoca os pais a levarem os filhos com idade entre 11 e 13 anos completos a tomarem a primeira dose. “É uma vacina cara, e que a partir do próximo ano será disponibilidade para meninas na faixa de nove a 11 anos. Portanto é a chance das jovens com idade de 12 e 13 anos receberem a primeira dose e garantirem a segunda dose, e para as que já tomaram a primeira dose já tomarem a segunda dose a partir de agora”, alerta Nardi.

A vacinação contra a influenza, que teve o público-alvo ampliado para menores de 18 anos e pessoas com idade a partir de 45 anos, continua sendo oferecida em todas a Unidades Básicas de Saúde e na Sala de Vacina da Secretaria. Além destes dois públicos, podem ser vacinados contra a gripe as pessoas com 60 anos ou mais, gestantes em qualquer período da gestação, puérperas de até 45 dias, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, pessoas com doenças crônicas com comprovação e os profissionais de saúde com comprovação.

A vacina da Hepatite A não é campanha, está sendo incluída no Calendário Nacional de Vacinação e fica disponível ao longo do ano. A Hepatite A é um importante problema de saúde no Brasil. Dados epidemiológicos nacionais mostram uma distribuição universal variando de uma região para outra.

Habitualmente benigna, a Hepatite A raramente apresenta a forma grave. As crianças menores de 13 anos foram responsáveis por 68,7% dos casos confirmados e constituem o grupo etário com maiores taxas de incidências da doença. A prevenção continua a ser a arma mais importante para o controle, uma vez que não existem medicamentos antivirais para a doença.

A vacina HPV foi introduzida no Calendário Nacional de Vacinação este ano como uma estratégia de saúde pública com o objetivo de reforçar as atuais ações de prevenção do câncer do colo do útero. Meninas que receberam a primeira dose aos 13 anos de idade e já completaram 14 anos deverão receber a segunda dose. Meninas que ainda não iniciaram o esquema em 2014 deverão estar na faixa etária entre 11 e 13 anos 11 meses e 29 dias de idade.

O objetivo da vacinação contra HPV no Brasil é prevenir o câncer do colo do útero, refletindo na redução da incidência e da mortalidade por esta enfermidade. A meta é vacinar 80% da população alvo, o que representa em Maringá 7.097 meninas na faixa etária de 11 a 13 anos de idade em 2014.

A vacinação, junto com as ações para o rastreamento do câncer do colo do útero, possibilita prevenir essa doença nas próximas décadas, que representa hoje a quarta principal causa de morte por neoplasias entre mulheres no Brasil. Ressalta-se que esta é uma vacina incluída na rotina do SUS e que estará disponível nas salas de vacina para as adolescentes que fazem parte do público-alvo.

A vacina HPV é destinada exclusivamente à utilização preventiva e não tem efeito demonstrado ainda nas infeções pré-existentes ou na doença clínica estabelecida. Portanto, a vacina não tem uso terapêutico no tratamento do câncer do colo do útero, de lesões displásicas cervicais, vulvares e vaginais de alto grau ou de verrugas genitais.

Cabe ressaltar que vacinação é uma ferramenta de prevenção primária e também não substitui o rastreamento do câncer, pois a vacina não confere proteção contra todos os subtipos oncogênicos de HPV. Da mesma forma, não confere proteção contra outras doenças sexualmente transmissíveis e, por isso, a importância do uso do preservativo em todas as relações sexuais.