SAÚDE

Justiça considera ilegal greve de servidores

O juiz da 1ª Vara Cível de Maringá, Mário Seto Takeguma, acatou no início da noite de ontem pedido de liminar através do mandado de segurança impetrado pela Prefeitura e considerou a greve dos servidores da saúde, deflagrada ontem, ilegal e abusiva.

No despacho, Takeguma determinou a volta imediata ao trabalho, impondo ao Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar) multa diária de R$ 5 mil, caso a decisão não seja cumprida.

O juiz entendeu que o argumento usado para justificar a paralisação não procede, já que o desconto das horas não trabalhadas "não constitui ilegalidade", diz trecho do despacho.

O pedido de liminar foi protocolado no início da tarde de ontem pelo procurador jurídico do município, Laércio Fondazi.

Segundo o procurador, a greve não tem sustentação legal.

"No poder público, tem que se cumprir a lei.

Não há horário diferenciado", disse Fondazi.

O Sismmar já foi notificado da decisão .

"Vejo como uma decisão dos tempos da ditadura, de um governo que não sabe dialogar com os servidores, que tem medo e que precisa apelar para Justiça porque não tem coragem de tomar uma decisão política", afirmou Ana Pagamunici, presidente do Sismmar.

Pagamunici afirmou que o sindicato vai recorrer da decisão.

Sobre o futuro do movimento, ele será decidido em assembléia marcada para hoje, às 7 horas da manhã, na Secretaria de Saúde.