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Golpistas fazem a festa em Maringá

Duas mulheres foram vítimas de golpes fajutos na última quarta-feira. Os golpes aconteceram em locais diferentes, com vítimas que não se conhecem, mas têm algo em comum: ingenuidade e ganância. Os golpes são infantis, mas as vítimas não titubeiam em gastar tudo o que têm em troca de uma prometida recompensa.

O primeiro golpe foi aplicado por volta das 13h30, em uma professora de 59 anos.Ela foi abordada entre a rua Silva Jardim e a avenida Paraná, na região central de Maringá. Conforme o relato da professora, uma mulher que parecia estar grávida e tinha apenas dois dentes, lhe parou para pedir informações. A golpista com uma postura humilde perguntou sobre determinado endereço, pois precisava devolver para um homem um bilhete de loteria. A versão da mulher é de que ela era moradora de um sítio e teria sido presenteada com um bilhete de loteria. Ela acrescentou que o homem que havia lhe dado o bilhete estaria pedindo o presente de volta.

Um homem aparentando 70 anos se aproximou e ofereceu ajuda à banguela. Ele era o segundo golpista. Ao ser informado sobre a situação, ele pegou o bilhete e foi até uma lotérica. O homem voltou dizendo que o bilhete era premiado. O valor da bolada seria de R$ 277 mil. “A senhora nem imagina o tanto que está rica. Está correndo risco de morte com um bilhete deste nas mãos”, advertiu o idoso à sua cúmplice. Ela se agarrou ao braço da professora e pediu ajuda, prometendo que o auxílio seria recompensado.

A professora, de olho na recompensa, aceitou em dar R$ 1,5 mil à golpista, como prova de confiança de que não iria passá-la para trás. Perdeu todo o dinheiro, claro.

O segundo caso aconteceu por volta das 15 horas, quando uma auxiliar de enfermagem de 36 anos perdeu todo seu FGTS, após ser ludibriada por um casal de golpistas. Ela havia acabado de sacar R$ 4 mil em uma agência bancária da rua Santos Dumont, no centro.

A vítima foi abordada por casal de jovens ainda dentro do banco. Os golpistas perguntaram se ela poderia cuidar de um malote com R$ 10 mil. Ela concordou e deixou sua bolsa com o casal, como prova que não iria fugir com o dinheiro. A promessa era de receber um prêmio pelo serviço. Os golpistas não voltaram para resgatar o malote. A mulher desconfiou e decidiu checar o conteúdo. Havia apenas um cartão do Banco do Brasil, três notas promissórias em branco e papel picado. Desorientada, a vítima acionou a polícia, que não conseguiu localizar o casal golpista.

Maringá News