Professor lança cartilha sobre agricultura familiar no Paraná.

Um trabalho que diagnosticou e retratou a realidade das propriedades orgânicas ou em convenção nas regiões noroeste, norte central e centro ocidental do Paraná, desenvolvido pelo professor do Departamento de Agronomia (DAG), José Ozinaldo Alves de Sena, resultou na elaboração da cartilha infanto-juvenil Histórias de Semear e Colher, que acaba de ser lançada pela UEM.

Com ilustrações de Eber Martins Barboza e tiragem inicial de 500 exemplares, o material traz, por meio de histórias e desenhos um retrato da realidade de agricultores familiares do Paraná, que trabalham com agricultura orgânica e agroecologia. O intuito agora é distribuir o material gratuitamente em escolas das regiões estudadas, para que seja utilizado nas salas de aula por alunos de sexta e sétima séries.

Segundo o professor Ozinaldo, as atividades que levaram à elaboração do material começaram com um diagnóstico in loco, que durou três anos (de 2005 a 2007), analisando 230 propriedades com base em agricultura familiar, em cerca de 120 municípios da região de abrangência da UEM. Das propriedades estudadas, foram destacadas 12 para referência, sendo cinco de agricultura, seis de pecuária e uma de agroindustrialização familiar. Para ser realizado, o trabalho contou com a verba de um edital do Ministério da Agricultura e do CNPq.

Além da cartilha, após os estudos in loco, também foi elaborado um relatório final, além de um vídeo com a síntese dos resultados dos trabalhos. Segundo o professor Ozinaldo, ainda deverá ser lançada uma página na internet, contendo todas as informações referentes ao projeto e seus resultados.

Mestrado em Agroecologia

Neste ano, a UEM passou a oferecer um curso de mestrado em Agroecologia, coordenado pela professora Kátia Regina Freitas Schwan-Estrada, e com coordenação adjunta do professor José Ozinaldo Alves de Sena. Ligado ao Programa de Pós-Graduação em Agronomia (PGA), o curso é direcionado a profissionais que se interessam pelo desenvolvimento sustentável. Segundo Ozinaldo, “o intuito é criar uma rede de pesquisa que possa dar suporte a essa base ecológica, ainda pouco explorada”. De acordo com a professora Kátia Regina “a agroecologia é uma área na qual o Paraná vem se destacando, e que ainda é pouco explorada no meio acadêmico, por isso é tão importante que treinemos profissionais que atendam a crescente demanda”.