CIDADE

Procon desmente denúncias de dono de posto

As afirmações prestadas por Kennedy Mezzaroba Junior, proprietário do posto Americano ao jornalista Marcelo Frazão e publicadas na edição de 15.09 do jornal O Diário do Norte do Paraná são desmentidas pelo diretor do Procon/Maringá, Rogério Calazans. "As declarações da matéria induzem à idéia de que as ações mais contundentes do Procon começaram depois da reunião do dia 24 com o chefe de gabinete. Os fatos provam que ele está mentindo".

De acordo com Calazans, a notificação aos 40 postos de combustíveis escolhidos para a investigação preliminar que solicita a planilha de custos foi enviada no dia 13 de agosto. Até o dia 25 do mesmo mês todos os postos já haviam recebido o documento e assinado o protocolo dos Correios. Keneddy Mezzaroba assinou o aviso de recebimento (AR) no dia 19 de agosto. Esse documento está na página 263 do volume 1 do auto de investigação preliminar 001/2003, do Procon/Maringá.

Os postos deveriam entregar as planilhas no prazo de 10 dias, a partir do recebimento. No dia 30 de agosto, o advogado de Mezzaroba protocolou no Procon/Maringá um pedido de "maiores esclarecimentos" sobre a notificação do órgão e maior prazo para entregar a planilha, documento que está na página 429 do volume 2 do mesmo auto de investigação. O posto Americano foi o único que não atendeu a solicitação do Procon, e por isso vai responder pelo crime de desobediência.

No dia 20 de agosto, um comunicado interno assinado por Alaércio Cardoso, chefe de gabinete da prefeitura foi enviado ao Procon/Maringá, parabenizando o diretor do órgão pela iniciativa de obter informações mais detalhadas sobre os postos e sugerindo que a investigação continue na mesma linha.

"Eu questiono a postura do sr. Kennedy, que apresenta fatos contraditórios, principalmente considerando que o Americano foi o único posto que não apresentou as planilhas de custo, como solicitado. Por que?", pergunta Calazans.

O termo de investigação sobre o cartel do combustível na cidade começou em 2002, quando o diretor do Procon/Maringá era o advogado Adilson Reina Coutinho. Nestes dois anos de investigação, que ainda não foi concluída, o órgão de defesa do consumidor já juntou mais de 800 páginas de documentos, que no futuro vão embasar uma ação judicial.

O Ministério Público já foi oficiado sobre os documentos e a cópia dos mesmos será entregue hoje à tarde aos promotores Maurício Kalache e Elza Sangale.

PMM