CIDADE INDUSTRIAL

Multinacional francesa visa construir centro de pesquisas de sementes em Maringá.

Multinacional francesa visa construir centro de pesquisas de sementes em Maringá.
Executivos da multinacional se reuniram na última sexta-feira com prefeito.

Executivos de uma multinacional francesa estiveram na Prefeitura nesta sexta-feira (17) interessados em conhecer a cidade e viabilizar um terreno para construir um centro de pesquisas de sementes em Maringá. Os integrantes do grupo vieram impulsionados pela infraestrutura local, desenvolvimento aeroportuário, clima e condições do solo da região. A intenção é instalar, no Parque Cidade Industrial, o centro de excelência em pesquisa da empresa na América Latina.

O diretor de pesquisas para a América do Sul da Limagrain, Emmanuel Aubry, o presidente do Grupo para a América do Sul, Antonie Colombo, e o diretor-executivo da Sementes Guerra, Ricardo Guerra, se reuniram com o prefeito Roberto Pupin, com o presidente da Amusep, José Roberto Ruiz e com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Valter Viana para apresentar o trabalho da empresa e conhecer mais a cidade em busca de incentivos para a instalação de uma base local de pesquisa, produção e beneficiamento de milho e sorgo.

Limagrain, que tem sede em Chappes (Puy-de-Dôme, centro da França), quer iniciar as obras em Maringá a partir de julho com conclusão prevista para dezembro e início das atividades em janeiro de 2015. A empresa empregará inicialmente 30 trabalhadores e vai investir mais de R$ 10 milhões na obra, garantindo visibilidade internacional para Maringá. Para isso eles precisam de uma área rural de 50 hectares.

Segundo o diretor-executivo da Sementes Guerra, Ricardo Guerra, há dois anos o grupo estuda a possibilidade de instalar uma nova sede de pesquisa em Maringá. “A cidade os atraiu pela localização privilegiada, próxima a outros estados, pelo bom clima e pela boa gestão municipal. No Paraná a empresa tem escritório em Curitiba e base de pesquisa em Pato Branco, com intenção de instalação em Maringá”, contou.

O prefeito Roberto Pupin se colocou à disposição para ajudar o grupo a encontrar uma área rural adequada para a instalação do centro de pesquisa. “Como precisam de uma área grande, de 50 hectares, talvez seja melhor encontrarmos um terreno fora do Parque Industrial. Vamos buscar opções de áreas municipais para que possamos negociar uma possível concessão, com aprovação da Câmara Municipal”, se comprometeu.

De acordo com o diretor de pesquisas para a América do Sul da Limagrain, Emmanuel Aubry, a empresa tem centros de pesquisa e escritórios em Sorriso-MT, Goiânia e Goianésia (GO), Pato Branco e Curitiba e pretende instalar outras bases em Pernambuco e Tocantins. “A Limagrain é um dos maiores grupos de sementes do mundo e nossos investimentos no Brasil vão beneficiar tecnologicamente todo o país”, disse.

O presidente do Grupo para a América do Sul, Antonie Colombo, explicou que a empresa faz pesquisas, beneficiamento de sementes, produção de farinha e panificação, comercializando os produtos em grandes redes de mercado brasileiras. “Investimos 13% do faturamento bruto em pesquisa. São investimentos significativos que melhoram a qualidade das sementes e a produção agrícola”, concluiu.

Limagrain

O grupo Limagrain tem volume de negócios anual de 2 bilhões de euros e emprega, em 39 países, mais de 8 mil pessoas, incluindo mais de 1.550 pesquisadores. Limagrain é a quarta maior empresa do mundo em produção de sementes e tem como principal atividade o desenvolvimento e fornecimento de milho geneticamente modificado para o Brasil e América do Sul.

A Sementes Guerra, da família Guerra, de Pato Branco, atua na produção de milho no Brasil e no Paraguai e vendeu para a Limagrain 70% da divisão de milho que coordenava. Os dois grupos se uniram na criação de uma nova empresa, denominada Limagrain Guerra do Brasil, possibilitando para a Limagrain o acesso às áreas rurais do Paraná e para a Guerra a biotecnologia avançada para enfrentar os concorrentes internacionais.