O Procon de Maringá e técnicos da Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná – Celepar, divulgaram nesta quarta-feira (27), na Associação Comercial e Empresarial de Maringá – ACIM, o resultado definitivo do "Mapeamento da Telefonia Móvel em Maringá. A pesquisa de qualidade da telefonia móvel foi lançada no início do mês de outubro e ficou disponível aos consumidores durante o período de um mês. Entre os itens avaliados estavam a qualidade de serviços de voz, dados e satisfação dos consumidores em relação aos serviços prestados. O diretor do Procon, João Luiz Regiani, explicou que os resultados da pesquisa foram confrontados com os dados do mapeamento da Celepar para o órgão de proteção do consumidor adotar as medidas cabíveis e cobrar das operadoras a correção dos serviços.Regiani ainda apontou que o objetivo da pesquisa foi criar um canal de avaliação do consumidor. “Focamos em mapear a qualidade da telefonia na cidade de Maringá, agregando assim a opinião pública a respeito dos serviços prestados pelas operadoras, bem como testes de campo para medição dos serviços de voz e dados oferecidos pelas operadoras”, afirmou.O presidente da ACIM, Marco Tadeu Barbosa, parabenizou a iniciativa do Procon, destacando que deve servir de modelo para outros municípios. “O Procon de Maringá em parceria com a Celepar, fazendo um grande trabalho para população, em especial aos consumidores que devem ter os seus direitos respeitados e uma telefonia móvel de qualidade garantida”.
Rodolfo Zanardi Loyola, supervisor Regional da Celepar, que apresentou a pesquisa, destacou que segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, existe no Brasil mais de 270 milhões de aparelhos e que em Maringá são 522 mil.
ResultadoSegundo os resultados obtidos para o serviço de voz, mais de 71% dos consumidores responderam que “existe sinal mas as ligações são de baixa qualidade”, ao passo que apenas pouco mais de 6% responderam que “existe sinal e as ligações são feitas normalmente”. O que indica a presença do sinal das operadoras, porém o consumidor não recebe a qualidade esperada do sinal, que pode sofrer interferências por obstáculos físicos, taxa de ocupação das antenas, qualidade dos aparelhos celulares, tecnologia utilizada, entre outros. Já para o serviço de dados, mais de 78% dos consumidores citaram “existe sinal mas a conexão cai ou é instável” como resposta, sendo que apenas 6,48% responderam “existe sinal e a conexão de dados é feita normalmente”. O sinal de dados pode sofrer interferências similares ao sinal de voz. Considerando as respostas de satisfação dos consumidores em relação aos serviços prestados temos que mais de 82% dos participantes da pesquisa consideram o serviço péssimo ou ruim. Esse resultado indica o alto grau de insatisfação dos consumidores em relação aos serviços prestados. Quanto a solução de problemas, 84,35% das respostas foram “a operadora não soluciona os problemas” ou “a operadora as vezes resolve os problemas”, o que demonstra alto grau de insatisfação também com os serviços de Call Center – Sac. Paralelamente a pesquisa de satisfação com os consumidores, foram realizados testes de campo, que abordaram os serviços de voz e de dados para cada uma das operadoras, levando em consideração os itens disponíveis na pesquisa. O serviço de voz foi testado por ligações para uma linha fixa, enquanto o serviço de dados pelo software SIMET, reconhecido para testes de conexão de dados.