Projeto maringaense que emprega mão de obra de presos é um dos finalistas de prêmio nacional.

O projeto “Visão de Liberdade” está entre os 60 finalistas do Prêmio Objetivos do Milênio Brasil, promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Governo Federal. Foram 1090 projetos inscritos de todo o Brasil. A cerimônia de premiação ocorrerá em fevereiro de 2014 (sem data definida).

O objetivo do prêmio é reconhecer e incentivar práticas bem-sucedidas, que sejam referências de políticas públicas para a sociedade e governos. Todos os 60 finalistas receberão certificados pelos méritos dos trabalhos realizados.

“Ficamos muito felizes. Estar entre os finalistas já é uma honra, tendo em vista ser um prêmio tão importante. Acreditamos no nosso projeto, pois é uma forma da pessoa presa dar uma contribuição para a sociedade. A produção que eles realizam é de difícil acesso, logo traz grande benefício aos deficientes visuais”, fala o diretor da Penitenciária Estadual de Maringá (PEM), Vaine Gomes.

Vaine ressalta que o projeto não seria possível sem o apoio das três instituições que apóiam a iniciativa: Conselho Comunitário de Segurança de Maringá (Conseg), Centro de Apoio Pedagógico Especializado (CAP) e a PEM. “Uma depende da outra, e felizmente nesses nove anos de projeto sempre tivemos grande apoio de todos”.

O projeto “Visão de Liberdade” já ganhou dois prêmios nacionais: a 4ª colocação no prêmio Cidadania Herbert de Souza, da Associação Nacional do Banco do Brasil, e o primeiro lugar na região sul do prêmio Tecnologia Social, da Fundação Banco do Brasil.

O Projeto

O projeto “Visão da Liberdade” nasceu em 2004, e possibilita que os internos da Penitenciária Estadual de Maringá desenvolvam materiais de apoio para os deficientes visuais.

Por meio do projeto são digitados livros em braile, produzidos material em relevo, pré-bengalas para crianças e o livro falado. O material é distribuído a centros de apoio para deficientes visuais e núcleos regionais de educação.