COMÉRCIO

Comerciantes cobram solução para greve dos bancários.

A Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM) e o Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Maringá e Região (Sivamar) enviaram nesta segunda-feira (dia 7) ofícios à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e ao Sindicato dos Bancários de Maringá e Região, cobrando uma solução para a greve dos bancários, que já dura 20 dias e tem impactado negativamente nas empresas, principalmente no comércio.

As entidades acreditam ser necessária uma justa negociação entre a categoria bancária, porém, o longo período de greve tem ocasionado prejuízos para toda a comunidade. Ainda conforme o documento há avaliações de perdas no comércio de até 30% do faturamento previsto. Também preocupa os comerciantes o alto risco que está sendo imposto pela guarda de dinheiro nos estabelecimentos. “Nossa intenção é mostrar à Fenaban e ao Sindicato dos Bancários que as entidades organizadas estão sensibilizadas pela dificuldade que todo o comércio está tendo, compreendendo que a greve está afetando toda a comunidade. A ACIM e o Sivamar, nesse momento, precisam deixar clara a indignação com o processo tão lento de negociação”, diz o presidente da ACIM, Marco Tadeu Barbosa. Ele acrescenta que o direito ao movimento de greve é legítimo, mas que é preciso compreensão sobre as perdas da comunidade.

O empresário José Pedro Sanches Lavalhos, proprietário da rede de lojas Mini Preço, calcula uma queda de mais de 30% nas vendas durante os 19 dias de greve dos bancários. “Há anos a greve dos bancários acontece nesta época do ano e quem arca com o prejuízo são os comerciantes. Nesta semana, por exemplo, o comércio deveria estar movimentado por conta da venda de brinquedos para o Dia das Crianças, mas vai ficar praticamente parado”, reclama. “Preciso pagar a folha de pagamento aos mais de 90 funcionários das nove lojas e as vendas têm ficado bem aquém do esperado. Como faço um financiamento para quitar as contas se os bancos estão fechados?”, questiona Lavalhos.