PESQUISA

Pesquisa indica que 90% dos maringaenses consideram-se felizes.

Pesquisa realizada pela Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM) em parceria com o Departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) aponta que 90% dos maringaenses consideram-se felizes. O levantamento foi realizado durante os anos de 2010, 2011 e 2012 com 594 representantes de famílias. Também foram questionados os níveis de satisfação em relação a algumas áreas, como transporte público, trânsito, lazer, custo de vida, qualidade do emprego, entre outros.

Em relação às classes sociais, a pesquisa mostra que quanto maior a capacidade de consumo, mais as pessoas consideram-se felizes. “Não sabemos o que está causando felicidade ou tristeza nas pessoas. No entanto, é possível dizer que se houver uma ascensão de faixa de renda, pode haver uma melhora no grau de felicidade”, explica o coordenador da pesquisa, o professor e economista Joílson Dias.

Nos últimos dois anos analisados, enquanto a maioria das classes apresentou estabilidade quanto ao número de pessoas felizes, as classes C2 e D aparecem com significativa queda, chegando em 2012 com índices de 75% e 79% respectivamente.

Em relação à área de atuação, a pesquisa aponta que o setor de comércio tem maior porcentual de pessoas felizes em 2012, com 94,1%, enquanto o menos feliz, mas ainda com alto grau de felicidade, é a área de serviços, com 90,1%. Representantes da indústria (90,4%) e “outros” (91,1% - nele consta os agricultores, atuantes do setor público, os que nunca trabalharam e as donas de casa) também foram entrevistados.

“Conclui-se que viver em Maringá agrada os moradores da cidade, uma vez que, desde 2005, quando iniciamos o levantamento, o nível de felicidade esteve quase sempre acima dos 90%. O comércio possui o maior nível de felicidade por atividade, e um maior nível de renda ou classe social proporciona menos problemas cotidianos, impactando positivamente no índice”, afirma Dias.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas. Ao ser questionados sobre o quanto se consideram felizes, os representantes atribuíram um valor de 1 a 10, sendo que notas inferiores ou iguais a cinco foram classificadas como infelizes, e as superiores a cinco como felizes. Os entrevistados foram divididos em função da renda, setor de atuação e classe social. Eles foram selecionados levando em conta a proporcionalidade desses setores na população de Maringá.

Qualidade de serviços

Em março de 2013, as famílias foram incentivadas, através de notas, a avaliar a qualidade dos serviços disponíveis na cidade. O maior problema apontado foi o trânsito, com apenas 35% das notas acima de cinco e média de 4,49 pontos. O transporte público, em que apenas usuários foram entrevistados, aparece como o segundo menos qualificado, com 70% das notas acima de cinco e média de 5,56 pontos. O melhor avaliado foi a oferta de ensino superior, com 93,2% de notas acima de cinco e média de 7,99 pontos.