EMPREGO

Maringá terá trinta centros de qualificação profissional

O plano administrativo de criar condições para gerar emprego, renda e melhor qualidade de vida para o trabalhador teve mais um passo decisivo nesta quinta-feira, dia 6, em Maringá.

Ao participar do início das aulas do curso de Operador de Máquinas de Costura Industrial no Conjunto Herman Moraes de Barros, o prefeito Silvio Barros - junto com representantes de entidades parceiras da Prefeitura de Maringá - colocou em prática o projeto de oferecer formação qualificada a profissionais das mais diversas áreas de atividades.

"Hoje são três, até o final do ano serão cinco e no decorrer de nossa administração queremos criar 30 centros de qualificação profissional no município", assegurou o prefeito.

A iniciativa está sendo viabilizada através de convênio firmado entre o município - por meio da Secretaria da Indústria, Comércio e Turismo - juntamente com o Serviço Nacional da Indústria (Senai), Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social e o Sindicato das Indústrias do Vestuário (Sindvest).

FUGA DO DESEMPREGO: as aulas do primeiro curso oferecido - Operador de Máquinas de Costura Industrial - acontecem em um dos três centros de qualificação profissional instalados nos barracões industriais do Conjunto Herman Moraes de Barros.

"Até dezembro deste ano, 13 turmas de 15 alunos inscritos estarão se revezando nos turnos da manhã, tarde e noite para o cumprimento de 200 horas/aula de aprendizado", observa o gerente do Senai/Maringá, Luiz Antonio Mendonça.

Para os alunos, o curso pode representar o término de longos períodos de desemprego e uma nova possibilidade de avanço profissional.

"Nunca havia tido contato antes com uma máquina de costura industrial, mas logo no primeiro dia de aula senti que tenho aptidão para a área de confecções e quero me aprimorar nesse trabalho", comenta a desempregada Cristina de Oliveira, de 20 anos.

"Também já percebi que tenho grande chance de evoluir.

Depois que adquirir prática no equipamento vou poder mostrar que posso perfeitamente ser absorvido pelo mercado de trabalho", se entusiasma o também desempregado Wilson Gomes, de 21 anos.

PARCERIA PRODUTIVA: os espaços físicos para o curso são cedidos pela Prefeitura de Maringá, enquanto o Senai disponibiliza uma equipe de instrutores e o Sindvest fornece as máquinas de costura utilizadas nas aulas.

Os recursos para custeio são repassados pela Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social.

"Até o final deste ano o Governo do Estado espera investir mais de R$ 400 mil em 27 cursos de qualificação de mão-de-obra em Maringá.

Juntos com as instituições parceiras vamos proporcionar a inclusão do máximo possível de trabalhores no mercado", destaca a chefe do escritório regional da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Mônica França Grillo.

De acordo com o vice-presidente do Sindvest, Luiz Antonio Costa, o setor de confecções na região de Maringá dispõe atualmente de 2.700 vagas para costureiros e há carência também de profissionais qualificados em outras áreas que utilizam processos avançados de industrialização.

"O mercado é variável e, por isso, é preciso profissionalizar também pessoas para atuar na área de estilismo e modelagem industrial informatizada, já que a tendência é o molde dos produtos deixar a prancheta e passar para os programas de computador", projeta.

TECNOLOGIA FUTURISTA: na segunda etapa do convênio serão oferecidos cursos de qualificação profissional para modelistas de confecção, mecânicos de máquinas de costura, risco e corte.

"A razão final dessa iniciativa é oferecer condições de empregabilidade e velocidade produtiva para os profissionais", enfatiza o secretário municipal da Indústria, Comércio e Turismo Flávio Vicente.

Segundo ele, os próximos espaços a serem cedidos pelo município será o Salão Comunitário da Vila Vardelina e, mais à frente, uma sala industrial no Jardim São Silvestre.

"Todo esse empenho é fundamental para pessoas como eu, por exemplo, que, apesar de ser casada e ter três filhos, ainda não tem uma profissão definida e precisa de um salário para ajudar o marido no orçamento doméstico", afirma a desempregada Cláudia Gonçalves de Oliveira.

Com 33 anos de idade, em princípio Cláudia quer um emprego.

"Futuramente, quem sabe, poderei abrir uma pequena empresa de facção", conclui.

Mais informações: 3221-1364 (Sec. da Indústria, Comércio e Turismo)

Pmm