TEMPO

Maringá registra 3,3ºC na manhã desta terça-feira (23) e baixa temperatura deve continuar.

o Instituto Tecnológico Simepar. Os 3,3ºC registrados das 5h às 6h de hoje só são menores do que as temperaturas de 2001 (quando a mínima do mês foi de 1,7ºC) e 2000 (menor temperatura de 0,2ºC).

A maior massa de ar frio dos últimos anos fez nevar em várias cidades do Paraná nesta terça-feira (23). De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar (www.simepar.br), órgão do Governo do Estado, Curitiba registrou neve em bairros da região Sul, como o Portão. Também houve registro de chuva congelada em algumas regiões da capital. Em Maringá foi registrado 3,3ºC na manhã desta terça-feira (23).

Há 38 anos não nevava em Curitiba. Também houve ocorrência de chuva gelada, uma condição muito próxima de neve. Enquanto a neve é um floco branco, o pingo da chuva congelada é transparente e quica ao cair na superfície.

O maior acúmulo de neve nesta terça-feira foi em cidades do Centro-Sul do Estado, como Guarapuava, onde a temperatura chegou a 0,5 grau. Na Região Metropolitana de Curitiba, nevou em Araucária, Lapa e Campo Largo.

A neve no Paraná foi causada por uma forte massa de ar frio que avançou com força pelo Estado. Além da forte intensidade, a maior dos últimos anos, o ar polar atuou no Paraná e Santa Catarina com um sistema frontal, responsável pelo aporte de umidade.

Para os próximos dias, o tempo deve melhorar em todas as cidades do Paraná e o sol deve aparecer entre nuvens na tarde desta terça-feira. A previsão para a madrugada é de geada em todas as regiões, menos no Litoral.

ALERTA GEADA

O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e o Instituto Simepar informam há previsão de geada, na madrugada desta terça-feira (23) para quarta-feira (24), em toda a zona cafeeira do Estado.

A recomendação aos produtores é fazer imediatamente o “chegamento” de terra no tronco dos cafeeiros com idade entre seis e 24 meses. Essa proteção deve ser mantida até meados de setembro e, depois, retirada com as mãos.

Em lavouras recém-implantadas – até seis meses de campo –, deve-se enterrar as mudas com uma camada de terra e mantê-las assim até cessar o risco de geada.

Viveiros devem ser protegidos com cobertura (vegetal ou plástico) ou com uso de aquecimento. Mais informações sobre o “Alerta Geada” e técnicas de proteção de cafeeiros podem ser obtidas em www.iapar.br ou pelo telefone (43) 3391-4500.

HIDRÔMETROS

A queda de temperatura registrada em todo o Estado e as previsões para os próximos dias exigem que os clientes da Sanepar cuidem do hidrômetro. O frio intenso e a geada podem congelar a água que está dentro dos tubos próximos ao medidor, também conhecido por ‘relógio’. Congelada, a água expande dentro da tubulação e pode provocar ruptura nos tubos ou do relógio.

O rompimento da tubulação ou do hidrômetro traz transtornos para a Sanepar e para os clientes que ficarão desabastecidos até a troca do equipamento.

Para evitar o desconforto de possível falta de água, a Sanepar orienta que os clientes protejam os hidrômetros. Basta cobrir com uma caixa de papelão, pedaço de plástico, lona, ou com outro tipo de material que impeça o acúmulo de gelo em cima dos tubos e dos medidores. Fechar o registro de entrada de água, à noite, é outra medida eficaz contra possíveis danos, pois evita o acúmulo de água.

É importante não esquecer de retirar a proteção assim que a temperatura subir, ou na data de leitura da conta.

PREVENÇÃO

O Paraná terá capacidade para prever com até três dias de antecedência os eventos meteorológicos e potenciais desastres naturais. Atualmente, a antecedência é de um dia. O novo prazo, inédito no Brasil, foi anunciado pelo governador Beto Richa no Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de Junho, em Curitiba.

Richa fez a entrega de equipamentos de ponta e anunciou investimentos de R$ 53 milhões para a modernização do sistema de monitoramento, prevenção e alerta de desastres naturais no Paraná. "Este investimento significa levar mais segurança para a população, sobretudo para as pessoas que ainda vivem em áreas frágeis”, afirmou o governador Beto Richa.

O governador ressaltou que os novos equipamentos asseguram a possibilidade de reconhecer eventos climáticos fortes e extremos, como chuva, vento, granizo e tempestades elétricas. Com isso, haverá mais condições para evitar ou reduzir as consequências de desastres como deslizamentos, enchentes, tempestades de raios e também dos desastres de causas antrópicas como, por exemplo, as contaminações ocasionadas por produtos químicos perigosos.