A modernização da Central de Abastecimento (Ceasa) Maringá será integrada a outros empreendimentos na cidade. O projeto prevê ampliação da área construída dos atuais 10,1 mil metros quadrados para 21 mil metros quadrados. A proposta é construir nova estrutura, estimada em R$ 30 milhões, com recursos públicos e privados. O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e o diretor-presidente da Ceasa Paraná, Luiz Dâmaso Gusi, apresentaram o projeto na noite da segunda-feira (25), na sede da Associação Comercial e Empresarial de Maringá – Acim. O prefeito Roberto Pupin disse que pretende integrar o projeto a outros empreendimentos estratégicos para a cidade, como o terminal multimodal do aeroporto e a Cidade Industrial, localizados na mesma região da Ceasa. Segundo Ortigara, o plano do governador Beto Richa é modernizar as centrais não apenas para atender o sistema de distribuição, mas desde o pequeno produtor até o consumidor final, com mais mercadorias. “O projeto muda o mercado de hortigranjeiros, abrindo espaço para a inclusão de outros produtos como pescados, flores e frutas”, afirmou o secretário, citando o potencial da região na produção de flores. Além da área disponível para a implantação do projeto, Maringá apresenta outras vantagens para a nova Ceasa. “A central está em uma localização privilegiada, dentro de uma área onde serão implantados projetos importantes como o terminal multimodal do aeroporto, que pode beneficiar inclusive a exportação de produtos agrícolas da região”, afirmou. O gerente do Prohort/Conab, Newton Araújo, e o superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná, Daniel Gonçalves Filho, elogiaram o projeto e a iniciativa do Governo do Estado em iniciar a inovação do sistema de distribuição de alimentos. “A qualidade dos alimentos reflete em saúde para as pessoas”, reforçou Araújo.
PlanejamentoO presidente da Ceasa Paraná, Luiz Gusi, explicou que as Ceasas normalmente são estruturas isoladas dos projetos urbanos. Com a área disponível e o planejamento da cidade, que leva em conta a estrutura da Ceasa, Maringá foi escolhida para a implantação do projeto-piloto de modernização. “Vamos levar essa ideia para as demais centrais no estado, instaladas em Curitiba, Londrina, Cascavel e Foz do Iguaçu”, disse Gusi. O dirigente mostrou que o modelo das centrais de abastecimento existente no Brasil está ultrapassado, não atendendo a realidade do mercado. “Queremos ser modelo para o país e buscamos o que existe de funcional em países europeus”, afirmou Gusi. A Ceasa Paraná mantém acordo de cooperação técnica com a região Emilia Romagna, na Itália. O presidente da Ceasa Paraná explicou que um caminhão médio demora de duas horas a duas horas e meia para ser descarregado, contra a média de 30 minutos no modelo europeu. As perdas, que não chegam a 0,1% nas centrais da Europa, aqui podem passar de 25%.
VantagensO Paraná é o quarto estado em movimentação de produtos nas centrais de abastecimento no Brasil, com mais de 1,1 milhão de toneladas de hortigranjeiros ao ano, envolvendo 659 empresas. A Ceasa de Maringá movimenta anualmente 120 mil toneladas de produtos com 69 empresas. A central maringaense está em uma área de 211,7 mil metros quadrados.