SAÚDE

Governo Paranaense negocia para que ambulâncias do SAMU não sejam devolvidas ao Ministério da Saúde

A Secretaria de Estado da Saúde articula para que as 82 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) não sejam devolvidas ao Ministério da Saúde, mas sejam remanejadas dentro do Paraná. Os veículos foram encaminhados em 2010, mas não foram habilitados pelo Ministério da Saúde, porque não havia estrutura técnica nos municípios para o funcionamento do Samu. Segundo informações do Ministério, as ambulâncias poderão servir para repor ou renovar a frota de municípios que já têm o serviço em funcionamento.

No Paraná, 119 ambulâncias estão habilitadas, entre Samus regionais e municipais. Das 82 ambulâncias solicitadas pelo Ministério 16 estão em processo de habilitação e fazem parte do recém-implantado Samu regional do Sudoeste/Pato Branco. O Governo do Paraná articula para que os outros 66 veículos sejam usados no próprio Estado.

Segundo o diretor de Políticas de Urgências e Emergências da Secretaria da Saúde, Vinícius Filipak, as regiões de Maringá, Cascavel e Noroeste também negociam a permanência das ambulâncias, por estarem com o processo de implantação do Samu Regional bem adiantados. O Samu de Cascavel atenderá as regionais de Cascavel e Toledo e o Samu Noroeste, as regionais de Umuarama, Cianorte, Campo Mourão e Paranavaí.

Gestão

O Samu é uma gestão compartilhada entre governo federal, estadual e administrações municipais. A União é responsável pelo fornecimento das ambulâncias e pelo repasse de recursos de custeio equivalentes a 50% dos gastos. Já os Estados e municípios devem arcar com os outros 50%, em média 25% cada. Para isso, os municípios se articulam através de consórcios intermunicipais de saúde, dividindo os gastos de manutenção com estruturas e equipes.

“No Paraná, o governo estadual é responsável pelo custeio de 50% das centrais de regulação e unidades de suporte avançado de vida, demonstrando nosso empenho para que o serviço esteja disponível a todos os paranaenses. Contudo, precisamos de articulação municipal para que eles também cumpram o que foi pactuado”, ressaltou Vinicius Filipak.