TRANSPORTE

Obras de rebaixamento da linha férrea serão inauguradas nesta sexta- feira (21)

Com a participação dos ministros Paulo Passos, dos Transportes e Paulo Bernardo, das Comunicações; acompanhados do superintendente do DNIT no Paraná, José da Silva Tiago será inaugurada nesta sexta- feira as obras de rebaixamento da linha férrea na zona urbana de Maringá. A solenidade de inauguração será às 10h45 no Out Maringá Eventos, na avenida Marcelo Messias Busíquia, 151, Jardim Industrial.

A comitiva vai percorrer todo o trecho rebaixado da linha férrea, entre as avenidas Paranavaí e o terminal de combustíveis, na avenida José Alves Nendo. Os ministros vão conhecer dois túneis construídos nas obras de rebaixamento e a Via Expressa, uma alternativa para o tráfego de veículos no sentido leste a oeste.

Com a intenção de mostrar aos ministros os principais projetos de mobilidade urbana, os ministros conhecerão a área onde será o futuro terminal intermodal do transporte coletivo e o trecho onde será implantado um dos corredores de transposição do campus da UEM.

O rebaixamento da linha férrea de Maringá é a maior obra ferroviária em zona urbana do Sul do Brasil. A obra começou em 1986, com a retirada do pátio de manobras da Rede Ferroviária Federal do centro da cidade. Com a liberação da área, começou a obra de rebaixamentos da linha férrea, eliminando os cruzamentos em nível com as principais avenidas de ligação norte/sul do centro da cidade.

A prioridade foi liberar as principais avenidas: Pedro Taques, São Paulo, Herval, Duque de Caxias e Paraná, com viadutos também nas ruas Piratininga e Basilio Sautchuck. O trecho de 1.640 metros de extensão ganhou a Via Expressa, com a avenida Horácio Raccanello na área do Novo Centro, entre as avenidas São Paulo e Paraná.

A obra seguinte foi o rebaixamento da linha férrea no trecho até a avenida Centenário, com a construção de mais cinco viadutos ferroviários, com as avenidas Bento Munhoz da Rocha, Monlevade, Rebouças, Gaspar Ricardo e Tiuiti. A Via Expressa ganhou mais 1,8 mil metros, com uma ciclovia entre as avenidas Pedro Taques e Tuiuti.

Com a conclusão dessa etapa da obra, a Via Expressa se tornou importante alternativa de tráfego no sentido leste oeste, ligando a região do Novo Centro da avenida Paraná até a avenida Tuitui, na saída para Sarandi. Os viadutos das avenidas Monlevade, Rebouças e Gaspar Ricardo, e a ligação da Via Expressa com a avenida Mauá, na altura do viaduto da avenida Rebouças, também contribuem na melhoria do tráfego de veículos na avenida Colombo, trecho urbano da BR 376.

A última etapa da obra vai da avenida Paraná até a rua Arlindo Planas, com um total de 1,1 mil metros de extensão. São três viadutos, com as ruas José de Alencar e Arlindo Planas e a avenida 19 de Dezembro, importante ligação da área central com os bairros da região da Mandacaru e entrada da cidade a partir da BR 376.

As obras no trecho permitiu ainda a expansão da Via Expressa da avenida Paraná até a 19 de Dezembro, e na próxima etapa até a rua Arlindo Planas. Investimento de aproximadamente R$ 120 milhões, as obras de rebaixamento da via férrea em 7.360 metros da zona urbana de Maringá viabilizam a implantação do trem de passageiros no município.

A Prefeitura já tem protocolado no Ministério das Cidades projeto para instalar o Terminal Intermodal do Transporte Coletivo, um investimento de R$ 88 milhões prevendo o transporte de passageiros sobre trilhos. Construído ao lado da avenida Horácio Raccanello, no Novo Centro, o terminal será subterrâneo, atendendo o transporte urbano e metropolitano de passageiros.

O Terminal Intermodal coloca Maringá na vantagem também para a implantação do Trem Pé-Vermelho, projeto de R$ 650 milhões ligando 13 cidades entre Paiçandu e Ibiporã, na região de Londrina. O projeto aguarda aprovação do PAC Mobilidade Médias Cidades, que privilegia o transporte de passageiros sobre trilhos.