AÇÃO SOCIAL

Instalações temporárias exigem responsável técnico

O fim de ano está chegando e traz junto com ele as festas típicas do período. Nas grandes e pequenas cidades, as praças centrais alegremente decoradas para o Natal tendem a ser o cartão de visita para moradores e visitantes. Em função deste apelo, o engenheiro mecânico Marcos Antonio Pinto Junior, inspetor regional do CREA-PR em Paranavaí lembra os gestores públicos da importância e necessidade do responsável técnico no momento de contratar empresas de montagem de palcos ou parques de diversões, seja o engenheiro mecânico ou engenheiro eletricista.

Chamados de “instalações temporárias”, parques de diversões, circos e palcos ou palanques para shows e comícios precisam estar em perfeitas condições de uso para evitar acidentes. Só este ano, duas pessoas morreram em parques de diversões no Brasil, sendo uma no renomado Hopi Hari, no interior de São Paulo.

De acordo com Junior, equipamentos muito antigos, sem lubrificação ou manutenção, palanques com capacidade de peso máxima desrespeitada ou montadores que desconhecem as questões técnicas de montagem ou desmontagem são situações encontradas com muita frequência. “Até para apertar um parafuso é preciso conhecimento. Neste caso, quando é utilizada força além da conta, o parafuso pode ficar fino e esticado, comprometendo sua função”, explica o engenheiro mecânico.

Ainda segundo o engenheiro mecânico, a exigência do profissional da engenharia que assine a anotação de responsabilidade técnica (ART) garante a obediência aos padrões específicos de cada montagem e, em caso de acidente, exime os gestores públicos de qualquer responsabilidade, tanto civil quanto criminal. Na ausência de ART, contratante (prefeituras) e contratada (empresa) respondem juridicamente pelas falhas e omissões.