SAÚDE

Paraná tem 35 municípios em situação de risco para dengue

Trinta e cinco municípios do Paraná foram listados pela Secretaria da Saúde como em situação de risco ou alerta para ocorrência de dengue, devendo melhorar suas ações de combate. Desses municípios, 25 já enfrentaram epidemias da doença nos últimos seis anos. A relação foi divulgada nesta segunda-feira (24) e será atualizada mensalmente, para divulgação com os boletins sobre os números da dengue.

Nove municípios – Assis Chateaubriand, Andirá, Londrina, Cambé, Santa Fé, Iporã, Altônia, Santa Terezinha do Itaipu e São Miguel do Iguaçu –, tiveram a situação classificada como preocupante porque já tiveram dois ou três anos epidêmicos e por isso têm maior risco de casos graves da doença.

A lista foi apresentada durante a reunião mensal do Comitê Gestor Intersetorial de Controle da Dengue e segue uma nova metodologia de análise da Sala de Situação. “Neste mês fizemos um cruzamento dos índices de infestação predial com os índices de casas não visitadas pelos agentes de endemias”, explicou o coordenador da Sala de Situação, Ronaldo Trevisan. A metodologia ainda está em fase de construção e nos próximos meses serão acrescentados novos indicadores.

Para o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, a lista será mais um instrumento para chamar a atenção de gestores e da população. “É essencial que todos conheçam o risco real de epidemia de dengue em sua cidade. Não é possível que pensemos na doença apenas no verão. A dengue se combate todo dia, o ano todo”, ressaltou.

CLIMA – Apesar de o Paraná não registrar casos de dengue há quatro semanas, 13 regiões do Estado estão em situação de médio risco para o desenvolvimento do mosquito transmissor. O motivo são as recentes chuvas, que, aliadas ao forte calor, propiciam a reprodução do Aedes aegypti. A informação está baseada no monitoramento do Laboratório de Climatologia da Universidade Federal do Paraná, que avalia 18 estações climáticas em todo o Estado.

A Secretaria da Saúde orienta que as equipes municipais de saúde reforcem as visitas casa a casa. Os moradores também podem intensificar o combate à dengue. Basta verificar periodicamente suas residências à procura de depósitos que possam acumular água. “Cinco minutos muitas vezes são suficientes para eliminar todos os criadouros do mosquito em casa”, afirmou a chefe do Departamento de Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte.

INTEGRAÇÃO – Para novembro está previsto um evento em Curitiba para discutir a integração dos agentes de endemias com a estratégia de saúde da família. O evento ainda não tem data definida, mas fará parte das ações do mês que marca o Dia D de Combate à Dengue. A campanha deste ano já está sendo produzida pela Secretaria da Saúde.

Veja lista dos 35 municípios, por ordem de risco de epidemia:

Matelândia

Campo Mourão (já teve um ano epidêmico)

Iporã (já teve dois anos epidêmicos)

Santa Terezinha de Itaipu (já teve três anos epidêmicos)

Engenheiro Beltrão (já teve um ano epidêmico)

Santa Fé (já teve dois anos epidêmicos)

Califórnia

Entre Rios do Oeste

Medianeira (já teve um ano epidêmico)

Toledo

Marechal Cândido Rondon (já teve um ano epidêmico)

Assis Chateaubriand (já teve dois anos epidêmicos)

Planalto

Francisco Beltrão (já teve um ano epidêmico)

São Miguel do Iguaçu (já teve dois anos epidêmicos)

Marialva (já teve um ano epidêmico)

Apucarana

Bom Sucesso (já teve um ano epidêmico)

Andirá (já teve dois anos epidêmicos)

Mercedes (já teve um ano epidêmico)

Santa Helena (já teve um ano epidêmico)

Guaíra (já teve um ano epidêmico)

Capanema

Ramilândia

Goioerê (já teve um ano epidêmico)

Umuarama (já teve um ano epidêmico)

Altônia (já teve dois anos epidêmicos)

Planaltina do Paraná (já teve um ano epidêmico)

Marilândia do Sul

Centenário do Sul

Sertanópolis (já teve um ano epidêmico)

Cambé (já teve dois anos epidêmicos)

Londrina (já teve dois anos epidêmicos)

Ribeirão do Pinhal (já teve um ano epidêmico)

São José das Palmeiras (já teve um ano epidêmico)