AÇÃO SOCIAL

Obras da praça da Catedral começam nesta semana

Obras da praça da Catedral começam nesta semana
Projeto de revitalização da praça da Catedral.
A Prefeitura liberou nesta segunda-feira (5) a ordem de serviço para o início das obras de revitalização da praça da Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória, que começam na próxima quarta-feira (7). Antes do início da demolição das passarelas no entorno da Catedral, a Secretaria de Serviços Públicos vai transpor as palmeiras existentes na área a ser reformada.

Nenhuma palmeira, adianta o secretário de Controle Urbano e Obras Públicas, Laércio Barbão, será sacrificada. “Todas que se encontram no trecho que será reformado serão retiradas e replantadas em outros locais”, explica. A partir de quarta-feira, a construtora responsável pela obra inicia a demolição das passarelas do entorno do templo. As quatro rampas de acesso não serão interditadas nesta primeira fase da obra.

Para a demolição das passarelas, explica Barbão, trechos do estacionamento que dão acesso ao gramado do entorno da Catedral serão interditados. “Os motoristas que utilizam as vagas existentes no entorno devem observar os trechos interditados e evitar estacionar nos locais de acesso porque o trânsito de veículos pesados e máquinas será intenso”, lembra Barbão.

Essa primeira etapa das obras não vai interferir na encenação da Paixão de Cristo, durante a Semana Santa, na primeira semana de abril. O trecho onde será montado o palco, à direita da Catedral, deve sofrer apenas as intervenções iniciais da obra. “As áreas que serão trabalhadas vão receber tapumes, e os frequentadores da praça e da igreja precisam observar os limites de circulação livre de público para evitar acidentes”, pede Barbão.

Espelhos

A obra orçada em R$ 5 milhões de recursos próprios vai alterar nessa primeira etapa a área entre o estacionamento da praça e o templo. As soluções propostas foram transformadas em projeto pelo arquiteto Claudiney Vecchi. Para acabar com a infiltração prejudicial do grande volume de água de chuva que escorre pelo monumento, a solução foi ecológicamente correta: ela será canalizada diretamente para os três níveis dos novos espelhos d’água que começarão na base do templo e terão 26 metros de largura (profundidade de 20cm).

Totalizando, serão 4.708m2 de espelhos d’água, mais que o dobro da área de 2 mil metros quadrados, cujas infiltrações e rachaduras impossibilitam o represamento. Outro cuidado importante: para evitar contaminação a água será filtrada, tratada, oxigenada e recirculada. O sistema controlado por computador contará ainda com iluminação submersa e quatro fontes luminosas.

Na parte voltada para a avenida Cerro Azul, haverá um anfiteatro ao ar livre com capacidade para 6 mil pessoas, com pontos para posicionamento de palco, tomadas de energia e caixas de som para atender a demanda de apresentações religiosas, abrindo espaço também para apresentações culturais e do interesse da sociedade. Para manter a integridade do monumento que todo ano era prejudicado por perfurações e material de enfeites natalinos – custo anual de R$ 300 mil a R$ 400 mil - a catedral terá sistema permanente de iluminação com software exclusivo. Composta por 202 projetores a led instalados sobre as capelas e no topo, possibilitando milhares de combinações e formas de apresentação.

Na terceira e última fase da obra, serão feitos dois memoriais contemplativos, a Leste e Oeste da catedral, os estacionamentos e vias para o trânsito de pessoas.

Momumento

A Catedral Basílica de Maringá é a mais alta catedral da América Latina. Foi inspirada e idealizada na era dos "Sputniks" (a palavra "poustinikki" designa o peregrino que se afasta do mundo para ficar mais perto de Deus). Sua arquitetura é moderna e arrojada, foi idealizada por Dom Jaime Luiz Coelho e projetada pelo arquiteto José Augusto Bellucci. É o 10º monumento em altura no mundo e o segundo na América do Sul.

De forma cônica, possui um diâmetro de 50 metros e uma nave única, circular, com diâmetro interno de 38 metros. O cone possui uma altura externa de 114 metros, sustentando uma cruz de 10 metros, perfazendo um total de 124 metros de altura. Sua capacidade é de 3.500 pessoas, que podem ser distribuídas em duas galerias internas superpostas.

A porta principal está voltada para o norte; a Capela do Santíssimo para o sol nascente e a do Batistério para o poente. Ao sul a grande porta que leva a cripta, onde serão sepultados os Bispos, e que está sob o altar mor. No interior dos dois cones a 45 metros de altura, encontra-se o ossário, com 1.360 lóculos, que os fiéis adquirem para guardar os restos mortais de seus entes queridos.

Sua pedra fundamental, um pedaço de mármore retirado das escavações da Basílica de São Pedro pelo Papa Pio XII, foi lançada em 15 de agosto de 1958 em cerimônia promovida pelo Bispo Diocesano, Dom Jaime Luiz Coelho, e presidida pelo então Arcebispo de Curitiba, Dom Manuel da Silveira D'Elboux.

A catedral, dedicada a Nossa Senhora da Glória, foi construída no período de julho de 1959 a maio de 1972. Suas obras em concreto foram concluídas quase quatorze anos depois, em 10 de maio de 1972. A Catedral foi então consagrada no dia 3 de maio de 1981. Em 21 de janeiro de 1982 recebeu o título de Catedral Basílica Menor.