VESTIBULAR

Detidos por tentar fraudar prova são liberados em Maringá

Os 11 candidatos que estavam presos na 9.ª Subdivisão Policial de Maringá, acusados de fraudar o concurso vestibular do curso de Medicina do Centro Universitário de Maringá (Cesumar), foram liberados na manhã de ontem, após pagarem uma fiança de R$ 2 mil.

O grupo foi detido no início da tarde de anteontem, após detectores de metal indicarem pontos eletrônicos nos corpos, além de aparelhos celulares escondidos no momento em que eles foram ao banheiro ou passaram em locais onde estavam instalados os aparelhos.

Na delegacia, eles tentaram negar o crime - que pode gerar até um ano de prisão -, mas depois confessaram que pagariam em média R$ 15 mil pela compra do gabarito das provas. Os valores seriam negociados, segundo um dos acusados, diretamente com os pais dos alunos, mas seriam pagos somente após a aprovação no vestibular.

Segundo o delegado Laércio Fahur, da Polícia Civil de Maringá, o próximo passo da polícia será o de identificar as pessoas que abordaram os vestibulandos nas proximidades do local da prova. A tarefa, porém, não será muito fácil, pois foram apresentadas diversas características durante os depoimentos.

O sistema funcionaria com a liberação dos resultados para os celulares dos estudantes até as 17h30, horário limite para a entrega das provas. Segundo uma das acusadas, cada número representaria um código que deveria ser assinalado como resposta certa. No momento em que as respostas começaram a chegar, porém, todos os envolvidos já estavam na delegacia prestando depoimentos.

A tentativa de fraude marcou o primeiro vestibular do curso de Medicina - cuja mensalidade atinge R$ 4,4 mil - do Cesumar, cujas vagas eram disputadas por até 24 candidatos cada uma. A instituição informou em nota oficial que o resultado do vestibular será mantido.
Estadao