AÇÃO SOCIAL

Plano da Mata Atlântica de Maringá ganha destaque em encontro nacional

O Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica, lançado em Maringá no final do ano passado, ganhou espaço nas discussões do II Encontro Brasileiro de Secretários do Meio Ambiente – Articulação Política pela Sustentabilidade, evento satélite paralelo ao Fórum Social Temático, promovido em Porto Alegre, RS. O plano local é o primeiro de um município do interior e o segundo do Brasil, depois de João Pessoa, capital da Paraíba.

O secretário de Meio Ambiente e de Saneamento de Maringá, Leopoldo Fiewski, participou do encontro e contou um pouco da experiência de Maringá na criação do plano. Fiewski integrou a 5ª Conferência, convidado pelo palestrante, o diretor de Relações Institucionais da Fundação SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani.

“Nosso plano foi desenvolvido por especialistas, destacando as condições de Maringá, onde o remanescente de Mata Atlântica está em 21 áreas verdes. São 19 parques urbanos, sendo três desses áreas de preservação permanente”, explicou.

O diretor de Relações Institucionais da Fundação SOS Mata Atlântica elogiou o plano de Maringá e destacou a iniciativa de um município do Paraná em adotar medidas de preservação. “Maringá é referência em muitas áreas inclusive fora do Brasil e saiu na frente com um plano que deve ser seguido por outros municípios”, destacou.

Mata Atlântica

A Mata Atlântica existia em 3,4 mil municípios de 17 estados, inclusive em todo o Paraná. Se trata do maior bioma do Brasil, e está entre as 25 bioregiões do mundo mais ricas em meio ambiente e mais ameaçadas. A Mata Atlântica abriga 60% das espécies do planeta. São 849 espécies de aves, 370 de anfíbios, 200 de répteis, 270 de mamíferos e 350 de peixes.

O Plano, elaborado com base na Lei Federal nº 11.428/06, visa realizar diagnóstico, classificação e mapeamento das áreas verdes do município, indicando os trechos prioritários para conservação, recuperação ambiental e aquelas destinadas a urbanização sustentável. O trabalho visa também a criação de novas unidades de conservação.

Entra no estudo ainda a conservação, preservação e recuperação dos corpos hídricos do município, com prioridade para as áreas de mananciais de abastecimento público. Na zona urbana, o Plano inclui a revisão do Projeto de Arborização, assegurando a conservação das árvores existentes e a revitalização do verde das áreas públicas.