ENERGIA

Copel constrói quatro parques eólicos no Rio Grande do Norte

A Copel completa, nesta quarta-feira (26), 57 anos, com obras executadas fora do Paraná, pela primeira vez em sua história. Entre os empreendimentos e projetos em andamento estão a Usina Hidrelétrica de Colíder, em Mato Grosso, de 300 MW, quatro parques eólicos no Rio Grande do Norte, com 94 MW de potência total, e duas obras de transmissão em São Paulo.

Neste ano, a Copel tornou público seu planejamento estratégico de longo prazo, informando à sociedade e ao mercado investidor quanto e em quais atividades pretende se expandir, considerando um horizonte de quatro anos. Foi a pela primeira vez desde abril de 1994 – quando se tornou uma companhia de capital aberto com ações negociadas em bolsa.

EXPANSÃO – Está nos planos da Copel expandir, nos próximos quatro anos, em até 44% sua atual capacidade instalada para geração de eletricidade, que é de 5.158 MW (megawatts), incluindo a potência proporcional de empreendimentos onde a estatal tem participação. Para isso, a companhia conta com a Usina de Mauá, construída no Rio Tibagi em parceria com a Eletrosul e com previsão de inauguração no ano que vem. O empreendimento acrescentará 361 MW ao parque gerador da Copel.

Também no Paraná, a empresa quer concluir os estudos para iniciar a construção Usina Baixo Iguaçu (350 MW) e reunir as condições necessárias para iniciar a implantação da Usina de São Jerônimo, no Rio Tibagi (331 MW).

Até o final do ano que vem, a Copel pretende iniciar as obras de duas PCHs (pequenas centrais hidrelétricas) no Estado: a de Cavernoso 2, com 19 MW de potência, localizada no município de Virmond, e a de Dois Saltos, com potência projetada de 25 MW. Neste mesmo prazo a Copel prevê concluir ainda os estudos de viabilidade de diversas PCHs no Rio Chopim, cuja potência conjunta somará até 120 MW.

Ainda no próximo ano, a Copel também pretende participar de leilões de energia renováveis que podem acrescentar até 500 MW de capacidade ao seu parque instalado. A pretensão da Companhia é que as fontes alternativas de produção de energia representem 22% de sua matriz energética em 2015.

Já para a atividade de transmissão, até o final do ano a Companhia terá investido até R$ 500 milhões na manutenção, reforço e modernização do seu sistema. Em quatro anos, a meta é aumentar seu sistema próprio em 1 mil km de linhas próprias (hoje são dois mil km) e ampliar a capacidade de transformação das subestações em até 4 mil MVA (megavolts-ampères), ampliando em 62% suas receitas na atividade.

SERVIÇOS – O parque próprio de geração da Copel é formado por 18 usinas próprias (17 hidrelétricas e uma termelétrica a carvão mineral), e participações em outras sete. O sistema de transmissão de energia elétrica em tensão superior a 138 mil volts é formado por quase 2 mil km de linhas e 31 subestações – todas automatizadas e operadas à distância.

Os serviços da Copel chegam a 3,8 milhões de ligações, atendidas diretamente pela concessionária em 392 municípios paranaenses e mais Porto União, em Santa Catarina. Para abastecê-las, a Companhia construiu, mantém e opera um sistema de linhas e redes elétricas que totaliza 182 mil quilômetros de extensão, além de 352 subestações.

Na área de telecomunicações, a Copel opera uma malha de 19 mil quilômetros de cabos com núcleo de fibras ópticas que alcançam os 252 maiores municípios do Paraná e outros dois em Santa Catarina.

MARCA – Motivo de orgulho para todos os paranaenses, a Copel figura entre as principais empresas do Brasil e é um dos mais conceituados referenciais de competência técnica e de qualidade no atendimento do setor elétrico nacional.

Este ano, a marca Copel foi a mais lembrada entre as paranaenses na Pesquisa Top of Mind, promovida pela Revista Amanhã e pelo Instituto Bonilha. Com 5,7% das citações, a companhia voltou à liderança após perdê-la, no ano passado, para a Sadia. A empresa venceu ainda outras duas categorias: empresa pública eficiente e empresa onde o paranaense mais gostaria de trabalhar.

A companhia também está entre as melhores empresas do setor no país. Neste ano, a Copel foi considerada a terceira melhor empresa do Brasil no setor de energia elétrica pelo guia As Melhores da Dinheiro - As 500 Melhores Empresas do Brasil, publicado anualmente pela revista Isto É Dinheiro.

HISTÓRIA – Criada em 26 de outubro de 1954 por ato do governador Bento Munhoz da Rocha Netto, a Copel surgiu com a missão de solucionar o crônico problema de escassez de energia elétrica no Paraná, sério obstáculo não só aos projetos de desenvolvimento econômico e social, mas à própria integração territorial do Estado.

Nessa época, o Brasil se via impedido de crescer por falta de eletricidade. Foi quando a maior parte dos estados passou a constituir suas próprias empresas de energia elétrica – e assim surgiu a Copel.

No início da década de 60, a recém criada empresa ainda buscava se estruturar. E dispor de um sistema elétrico que pudesse atender de forma adequada a todo o Paraná era apenas um plano ousado, imaginado por um técnico arrojado, de notável visão e de grande capacidade empreendedora chamado Pedro Viriato Parigot de Souza, engenheiro que por uma década presidiu a Copel e, ao falecer, em 1973, era o governador do Estado.

O patrimônio líquido da empresa, hoje, segundo o balanço encerrado em 30 de junho de 2011, atinge R$ 11,8 bilhões e o quadro de empregados alcança 9.400 pessoas.

Fora do âmbito do Estado, a Copel constrói a Usina Hidrelétrica Colíder, no Rio Teles Pires, em Mato Grosso. A hidrelétrica começará a operar comercialmente no final de 2014, acrescentando 300 MW às disponibilidades da empresa – capacidade suficiente para atender a uma população de 850 mil habitantes.