ENSINO

Estudantes desocupam a reitoria da UEM

Os estudantes que ocupavam a Reitoria da Universidade Estadual de Maringá (UEM) desde o dia 25 de agosto deixaram o prédio nesta sexta-feira (2). A decisão foi tomada depois de uma reunião com o reitor Júlio Santiago Prates Filho – que formalizou, por meio de uma notificação endereçada ao movimento estudantil, a decisão de entrar com pedido de reintegração de posse, caso os estudantes decidissem permanecer no local. A proposta de desocupação foi votada em assembleia no fim da tarde de quinta-feira (1º).

Os estudantes ainda permaneceram no prédio durante a noite para a retirada de pertences e limpeza geral. Pela manhã, os servidores do Gabinete da Reitoria, da Procuradoria Jurídica, da Assessoria de Comunicação, da Rádio UEM FM e da Secretaria dos Colegiados Superiores voltaram aos seus setores.

Para o reitor, foi uma vitória da negociação. “A despeito de toda a tensão da última semana, a Reitoria jamais fechou portas para o diálogo e a negociação pacífica”, afirmou. Segundo ele, foi justamente por priorizar a via da negociação que a administração aceitou a contraproposta entregue pelos alunos na quarta-feira (31) – mesmo sabendo que a maioria dos itens já fazia parte do compromisso da Reitoria e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior quanto ao seu cumprimento.

“Com a Reitoria desocupada, daremos encaminhamentos para executar o que foi acordado na pauta de reivindicações”, disse Prates Filho. Basicamente, as reivindicações eram relativas ao Restaurante Universitário, com pedidos de contratação de servidores; implantação de uma política de isenção da taxa do restaurante para estudantes carentes, que também teriam um auxílio para fotocópias e impressões; inclusão no cardápio de pratos vegetarianos; e construção de uma nova unidade do RU no câmpus sede e outras nos campi regionais. Havia também o pedido de cessão de espaços para reprografia e cantinas.

O reitor destacou, ainda, a atuação do secretário da Educação e então governador em exercício, Flávio Arns: “Ele recebeu a pauta dos estudantes e prometeu encaminhar para o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal. Arns mostrou disposição e empenho para dialogar com o movimento estudantil, pois afirmou que reconhecia a excelência da UEM como universidade pública, gratuita e de qualidade”.