SAÚDE

Indústria diz que é fácil reduzir exposição a ondas do celular

A entidade que representa as fabricantes de celulares, a MMF (Mobile Manufacturers Forum), divulgou comunicado comentando a inclusão dos aparelhos entre agentes possivelmente cancerígenos.

Para a organização, a Iarc (agência internacional de pesquisa sobre câncer) apenas conclui que são necessários mais estudos sobre os efeitos das ondas emitidas pelos telefones móveis.

A entidade diz ainda que a Iarc não avaliou o risco de uso real do telefone, mas analisou o conjunto de evidências científicas disponíveis sobre o tema até agora.

"Se as pessoas estiverem preocupadas, elas podem facilmente reduzir sua exposição aos sinais de rádio emitidos pelos telefones celulares", diz a nota.

Citando orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde), a entidade recomenda usar dispositivos para manter o celular longe do corpo (como fones e viva-voz), limitar o número e a duração das chamadas e usar o telefone em áreas com boa recepção, o que permite que o aparelho funcione com menor potência.

MARGEM DE SEGURANÇA

Aderbal Bonturi Pereira, diretor da MMF para América Latina, afirma que a classificação do celular como possivelmente cancerígeno mostra que não há evidências conclusivas sobre o perigo do uso do aparelho.

Pereira diz que outros elementos, como o café, também se encontram nessa classificação e continuam a ser estudados. "Nem por isso paramos de tomar café."

O diretor da MMF diz ainda que os limites de exposição às ondas eletromagéticas dos aparelhos seguem regras que exigem alta margem de segurança.

Antes de serem colocados no mercado, os telefones são testados para que seja medida a potencial exposição do usuário às ondas emitidas.

"A Iarc é um organismo sério. A indústria se pauta pelo que a OMS diz. Mas a classificação ainda não é uma coisa definitiva."