A Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) e órgãos do setor, estiveram reunidos nesta quarta-feira (27) em Maringá, para discutir planos de ação na área de recursos hídricos no município. Participaram do encontro secretarias municipais, Sanepar, Promotoria de Meio Ambiente, Conselho de Defesa do Meio Ambiente, pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá e organizações não-governamentais.Segundo o técnico da SEMA, Jefferson Baggio, a intenção dos participantes na reunião é criar um banco de dados de acordo com o número de cadastro do IPTU, onde qualquer cidadão poderá checar informações relativas aos recursos hídricos do município.“Com essa ferramenta, o usuário poderá fazer um rastreamento de áreas preservadas, se possui processos erosivos, é área particular ou pública, entre outros fatores essenciais para administrar os recursos hídricos”, destacou o técnico.Ainda de acordo com Baggio, devido Maringá ter um grande número de córregos, ainda existem inúmeros ribeirões sem denominação. A união dos diferentes órgãos será fundamental para a pesquisa de campo.Para o início das atividades de um futuro mapeamento dos recursos hídricos e a preservação dos mesmos, a pesquisadora da UEM, Elza Passini, apresentou um projeto piloto para o zoneamento do ribeirão Mandacaru. As primeiras ações seriam corretivas e preventivas com o envolvimento de escolas, universidades, órgãos públicos, organizações não-governamentais, imprensa e sociedade.
Segundo a pesquisadora, uma das propostas do projeto piloto é reunir as informações dos recursos hídricos do município em um atlas no qual auxiliará o futuro banco de dados e adoção de medidas que deram certo em outras cidades e estados. Conforme o projeto, nos primeiros anos escolares é necessário haver uma abordagem interdisciplinar para formar um aluno investigador. O projeto visa também estimular estudantes a pesquisarem os recursos hídricos da cidade, nas monografias de graduação, teses de mestrado e doutorado e em pesquisas de iniciação cientifica.A pesquisadora destaca também, o papel da imprensa, através de notícias e artigos para o envolvimento da sociedade com a causa da preservação das águas.Para a professora Célia Regina Tavares, do Departamento de Engenharia Química da UEM, a primeira medida a ser tomada é o diagnóstico das fontes poluidoras e o trabalho de continuidade das ações. A professora lembrou do caso do rio Tâmisa, na Inglaterra, que levou mais de 50 anos para ser despoluído, quando passou a ser uma prioridade para o país.“A água é uma das primeiras palavras que a criança aprende a falar, desde de muito cedo aprendemos a importância desse recurso da natureza”, destacou a presidente do Conselho de Meio Ambiente, Lidia Maróstica comemorando o encontro.Segundo a presidente, é essencial a união de esforços das diferentes entidades para a população desfrutar de boa saúde e um ambiente sustentável.