CIDADE

Festividades celebram 58 anos de história da jovem Maringá

Maringá completa 58 anos no próximo dia 10 de maio. Por ser uma "jovem senhora" como dizem os poetas, muitos pioneiros ainda estão aqui para contar a história.

Foi pensando nisso que a administração Silvio Barros,

por meio da Secretaria da Cultura do município, organizou uma programação cultural para contemplar os mais variados gostos.

O mês de maio será repleto de atividades como exposições, apresentações de corais, desfile da cidade e inaugurações.

O grande homenageado do aniversário de Maringá será o pioneiro, que acreditou no desenvolvimento da cidade e abriu espaço para melhores condições de vida para as pessoas que vieram depois. Para esses pioneiros, a Prefeitura de Maringá organizou a "Noite dos Pioneiros",

"Culto em homenagem aos pioneiros", "Missa dos Pioneiros", "Baile da Saudade" (pela primeira vez num clube da cidade - Centro Português) e outros.

A pioneira, Ana Laquanetti Monteschio, 77 anos, que chegou em Maringá em 1940, ou seja, antes da fundação da cidade, se diz satisfeita em saber que o pioneiro maringaense vai receber homenagens. "Nós, nossos pais e familiares passamos por muitos sacrifícios, mas estamos aqui, vivendo

numa cidade bonita e cheia de vida".

De Maringá, apesar de muito trabalho pesado, após ter trabalhado mais de 40 anos na lavoura, Ana se lembra com carinho, quando aqui chegou, com seus pais e 10 irmãos para morar em terras onde hoje é o Guaiapó. Com uma memória bastante privilegiada, Ana conta que seus pais José e Petronila Laquanetti vieram em busca de um sonho.

No interior paulista eram colonos e lá um agenciador de terras os procurou com uma proposta de mudarem para

cá. "Meus pais pagaram 600 mil réis em 20 alqueires de terra no Guaiapó".

"Quando aqui chegamos só existia mata. Comecei a chorar e a dizer que não iria mais ver gente. Um vizinho do local me disse que eu poderia ficar tranqüila, porque no final de semana as pessoas desciam perto do rio para dançar. Era isso mesmo que acontecia. As pessoas desciam os carreadores e se encontravam às margens do rio. Colocávamos encerados e dançávamos em cima dele com a lamparina acesa, porque não tinha luz. Que tempo bom!"

Todas as pessoas que chegavam no Guaiapó 'erguiam' suas casas às margens do rio e abriam uma trilha na mata. "As casas eram de palmito cobertas de tabuinhas". Ela conta que no Guaiapó, as pessoas rezavam terço para comemorar a "nova casa". "A gente também erguia mastros de São João,

São Pedro e Santo Antonio".

Confira a programação do mês de aniversário de Maringá em eventos no Maringá.com.

pmm