MEIO AMBIENTE

Autor sugere projeto turístico para Maringá

No encerramento das atividades desenvolvidas pela Prefeitura no "Dia Mundial da Água", no Sesc, um dos autores do livro "O Aqüífero Guarani", José Roberto Borghetti, sugeriu que Maringá fizesse um projeto turístico para explorar de maneira consciente as águas quentes do aqüífero.

O autor justificou a sugestão, com dados apresentados no próprio livro. Segundo ele, a maior concentração de água quente do aquífero está localizado no solo de Maringá, podendo chegar a até 60º graus centígrados.

O Aqüífero Guarani une, geograficamente, quatro países: Argentina,Brasil, Paraguai e Uruguai. Dados do livro mostram que o Guarani é um dos maiores aqüíferos do mundo, cobrindo uma superfície de quase 1,2 milhões de quilômetros quadrados. Está inserido na Bacia Geológica Sedimentar do Paraná, localizada nesses países, e constitui a principal reserva de água subterrânea da América do Sul, com um volume estimado em 46 mil quilômetros quadrados.

"A maior parte do aqüífero, cerca de 70%, está situada no Brasil. Além disso, 66% do estado do Paraná está sobre o manancial. Este é um dos motivos que justificam a realização de projetos no Brasil e, principalmente, no Paraná. Poderemos melhorar as atividades econômicas do Estado, através do desenvolvimento do turismo de águas", afirma Borghetti.

O autor acredita que, em um futuro muito próximo, o Aqüífero Guarani deixará de ser apenas um gigantesco reservatório de água, escondido sob a crosta terrestre, para se tornar parte integrante e fundamental dos debates e das ações voltadas para o desenvolvimento socioeconômico e para a integração dos países de sua abrangência.

O autor aposta na idéia de desenvolver um projeto turístico na cidade, considerando o desenvolvimento econômico que o projeto pode gerar para o município. "A utilização das águas quentes do aqüífero poderiam atrair muitas pessoas, ativando o turismo local e regional".

PMM