Secretário de Estado diz que 98% das pessoas que contraíram gripe A se curaram sem internamento

O secretário de Estado da Saúde, Gilberto Martin, participou nesta quarta-feira (12), do XXV Congresso Estadual de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná, realizado em Maringá até sexta-feira (14), reunindo representantes de 300 municípios.

Antes de participar do Fórum “O planejamento estratégico como ferramenta de captação de recursos nos consórcios”, o secretário atendeu a imprensa e comentou sobre a incidência da gripe A (H1N1) no Paraná.

Martins afirmou que a maior parte dos pacientes da influenza A não precisa de internamento hospitalar e se recupera em casa. “Cerca de 98% das pessoas que contraíram a doença se curaram sem ser internadas em hospitais”.

O secretário explicou que a evolução da gripe A é benigna e que não é necessário pânico. “Há muitos boatos sobre diversas situações sendo espalhados. São inverdades que só geram pânico nas pessoas e nos fazem passar por situações vergonhosas. Quem define as ações que devem ser realizadas são as autoridades sanitárias, que tem responsabilidades sobre o assunto. Por isso não precisa decreto de emergência, de calamidade pública, de fechar o comércio, bares e restaurantes, muito menos de torcedores utilizarem máscaras em jogos. Existe sim a circulação do vírus, mas também existe uma rede de atenção à saúde que está tratando a situação, atendendo os pacientes e receitando o medicamento quando necessário”, esclarece Martin.

Para o secretário municipal de Saúde, Antonio Carlos Nardi, o maior vírus existente nesse momento são os boatos. “Todas essas especulações trazem prejuízos ao enfrentamento da doença. As Secretarias de Saúde de Maringá e do Paraná tem agido com total transparência mostrando o retrato fiel da epidemia, com clareza das informações desde o início, e assim que vamos até o final. O que a população deve absorver são as informações para evitar a gripe A, e não inverdades como mortes de médicos, maior número de casos do que os confirmados pelas autoridades e até mesmo óbitos omitidos”.

Os secretários de saúde lembraram que algumas medidas simples de higiene ajudam a desacelerar a transmissão da gripe A (H1N1), além de preservar a própria saúde e das pessoas que convivem com cada cidadão. Dentre elas estão lavar as mãos frequentemente; cobrir o rosto com um lenço ao tossir ou espirrar; usar máscaras, no caso de pessoas gripadas; higienizar superfícies, como mesas, maçanetas e telefones, e manter uma distância considerável quando conversar com outros indivíduos, já que o vírus pode ser projetado de um a dois metros de distância. “Recomendo ainda que as pessoas gripadas não saiam de casa e as gestantes tomem cuidados redobrados, evitando inclusive o contato com a população em geral.

As pessoas tiverem os sintomas da gripe A – como febre repentina, tosse e dores musculares – devem se isolar durante sete dias, que é o período em que o vírus pode ser transmitido para outras pessoas. Quando a febre não cede mediante uso de medicamentos, os pacientes devem procurar orientação com seus médicos particulares ou nos postos de saúde mais próximos às suas residências”, ressaltou.