EDUCAÇÃO

Concurso nos atuais critérios demitirá 7 mil funcionários das escolas

Cerca de 7 mil funcionários de escolas perderão seus empregos se o governo realizar o concurso público para o setor em breve, conforme vem anunciando. Esses trabalhadores sequer poderão concorrer às vagas porque não têm a escolarização mínima exigida para ingressar no Quadro de Carreira do Poder Executivo.

O Estado realizou o último concurso em 1985. Desde então, só

contratou funcionários para as escolas pelos regimes CLT, pela

Paranaeducação e pelo PSS (Processo Simplificado de Seleção). Para quem atua em serviços gerais e auxiliares administrativos nunca foi exigida a conclusão do ensino fundamental.

Plano de Carreira

A principal reivindicação é que o governo só realize o concurso

público depois que for aprovado o Plano de Carreira dos Funcionários da Educação. A categoria já elaborou proposta ao plano e quer que o governo abra negociações. Um dos alicerces da proposta é a valorização deste segmento da Educação e sua profissionalização, nos critérios defendidos pelo MEC.

Profissionalização

O projeto propõe a formação continuada dos agentes de educação. Como exemplo, uma merendeira deve receber noções de nutrição para elaborar merendas mais balanceadas e saborosas. Uma inspetora de alunos precisa de
noções de psicologia para bem orientar os estudantes. A proposta concebe a escola toda como um ambiente educativo.

Concurso

A direção da APP-Sindicato defende a realização de concurso de provas e títulos como forma de contratação para o serviço público e vem alertando a categoria para que se prepare. Está estimulando a criação de grupos de estudos e orientando os funcionários para terminem seus estudos. Porém, poucos dos que retornaram aos bancos escolares neste semestre terão o certificado de conclusão em tempo hábil, se o governo convocar o concurso para agora.

Por isto, a proposta da categoria é que neste primeiro concurso se

exija a conclusão da 4ª série para serviços gerais e auxiliares

administrativos, com prazo para que concluam a 8ª série até o fim do

estágio probatório, que é de três anos.

Tempo de serviço

Outra reivindicação dos funcionários é de que o tempo de serviço já prestado ao Estado seja contado no concurso, como forma de regularizar a situação de muitos trabalhadores. O plano de carreira atual não considera esta possibilidade.

APP-Sindicato