CAMPANHA

Campanha contra rubéola atingiu 58% da população até o momento

A abertura de todos os postos de saúde no último sábado e a distribuição da vacina nos shoppings da cidade fizeram aumentar o número de pessoas imunizadas contra a rubéola, que subiu de 49,5 mil para 65.078 pessoas.

Porém, apesar do aumento na procura pela vacina, a meta da Secretaria da Saúde está menor do que a esperada.

“Estamos a dez dias de encerrar a campanha e não atingimos o número de pessoas que consideramos satisfatório.

Até o momento imunizamos 58,19% da população maringaense entre 20 e 39 anos.

Os trabalhos de sábado foram significativos para a campanha”, comenta a coordenadora de Controle de Imunobiológicos, Edlene Loureiro Aceti Goes.

De acordo com o levantamento realizado pela equipe da Secretaria, os locais que mais aplicaram doses da vacina contra a rubéola foram os shoppings, quando um estabelecimento distribuiu mil doses somente no sábado.

Para atingir as 111.812 maringaenses que precisam tomar a vacina em Maringá, equipes da Secretaria da Saúde estão visitando empresas para aplicar as doses. No próximo sábado a vacina será distribuída na sede da Secretaria da Saúde, nos postos de saúde da zona norte, zona sul, Quebec, Pinheiros e Iguaçu, além dos quatro shoppings da cidade.

A campanha vai até o dia 13 de setembro.

A rubéola é uma doença causada por vírus, que provoca reações de exantema (vermelhidão na pele, de início súbito e de alto contágio).

Geralmente tem uma evolução benigna e raramente apresenta complicações ao paciente, porém de extrema gravidade durante a gestação, pelo risco de mal-formações que o feto e o recém-nascido podem apresentar.

A rubéola caracteriza-se por apresentar discreta vermelhidão rósea na pele, com distribuição que se inicia na face, no couro cabeludo e no pescoço, espalhando-se, posteriormente, para todo corpo.

O exantema é mais intenso no segundo dia e desaparece até o sexto dia, durando em média de 5 a 10 dias, coincidindo, geralmente com o início da febre, que é baixa.

Observa-se também gânglios (ínguas), principalmente nas regiões das orelhas e pescoço, que aparecem 5 a 10 dias antes do exantema.

Esses sinais colaboram para o diagnóstico diferencial frente a outras doenças que também apresentam exantema.

Alguns sintomas gripais, dor de cabeça, dores generalizadas, conjuntivite, coriza e tosse, podem estar presentes durante este mesmo período.

Até 50% dos casos de rubéola não apresentam sintomas, mas podem contagiar outras pessoas desprotegidas e disseminar a doença.

A rubéola é transmitida de pessoa a pessoa através do ar, por meio do contato direto com gotículas de secreções nasofaríngeas (tosse e espirro) de indivíduos infectados.

A transmissão indireta, mesmo sendo pouco freqüente, ocorre mediante contato com objetos contaminados com secreções nasofaríngeas, sangue e urina.

A rubéola congênita é transmitida da mãe para o bebê através da placenta.

A infecção pode resultar em mal-formações de vários tipos.

Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), é a infecção do feto pelo vírus da rubéola, causando um conjunto de mal-formações, em especial quando ocorre nos primeiros três meses da gravidez.

As mal-formações mais freqüentes são: catarata, glaucoma, cegueira, retardo mental, surdez, microcefalia (cérebro diminuído) cardiopatia congênita e neurológica.

As crianças com SRC podem transmitir o vírus e contaminar outras pessoas até um ano após o nascimento.

É necessário evitar o contato destas crianças infectadas com gestantes.

A transmissão do vírus é maior nos primeiros meses de vida e ocorre por meio de objetos recém contaminados pelas secreções nasofaríngeas, sangue, urina e fezes de recém-nascidos infectados.
PMM