MEIO AMBIENTE

Sacolas rendem R$ 8 milhões em multas aos supermercados

Eliminadas no lixo, as simples sacolas plásticas de supermercados demoram mais de 400 anos para se desintegrarem no meio. Por isso, o Estado ordenou as redes de supermercados a substituírem sacolas plásticas convencionais por biodegradáveis, que não geram passivos ambientais. Mas grandes redes não cumpriram a determinação e as autuações já renderam R$ 8 milhões - o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) vem aplicando uma multa diária no valor de R$ 70 mil às redes WMS Supermercados do Brasil, que engloba os estabelecimentos Wal Mart, Big e Mercadorama, Carrefour e Companhia Brasileira de Distribuição (do qual fazem parte as lojas Pão de Açúcar e Extra).

Por isso, haverá nesta terça-feira, em Curitiba, uma audiência pública para discutir o assunto. A reunião ocorrerá às 10 horas, na sala das Comissões da Assembléia Legislativa.

Foram convidados a participar da audiência o diretor-presidente do Grupo Carrefour Brasil, Jean Marc Pueyo; o presidente da VWS Supermercados Brasil, Héctor Nunes; o responsável pelo Centro de Apoio às Procuradorias (CAOP – Meio Ambiente), procurador de Justiça Saint Clair Honorato Santos; o presidente executivo da Plastivida, Franscisco de Assis Esmeraldo; presidente da Companhia Brasileira de Distribuição, Abílio dos Santos Diniz; o presidente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Everton Muffato e o presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Paraná (SIMPEP), Dirceu Galléas.

Resíduos

Estima-se que sejam consumidas no Paraná cerca de 180 milhões de sacolas mensalmente – o que corresponde a 900 toneladas de plástico descartadas no meio ambiente, seja em aterros sanitários ou abandonadas em fundos de vale, rios e terrenos baldios. De acordo com levantamento da coordenadoria de resíduos sólidos da Secretaria, apenas estas redes são responsáveis por 70% das sacolas disponibilizadas no mercado.
Agencia Estadual de Notícias