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UEM conclui projeto de moradias para alunos

Reivindicada pelos universitários desde 1987, a Casa do Estudante da Universidade Estadual de Maringá (UEM) está com o projeto arquitetônico pronto e precisa de R$ 4 milhões para sair do papel. Os traços do prédio com capacidade para 500 moradores ficaram prontos em fevereiro, como resultado de um trabalho que reuniu professores e alunos.

O projeto da obra prevê um espaço de convivência para os moradores e será construído dentro do câmpus de Maringá. Segundo o reitor Décio Sperandio, o dinheiro será buscado junto ao governo. “Temos buscado auxílio junto a organismos financiadores”, contou.

A construção das moradias, no entanto, riscará apenas um item da lista de reivindicações dos universitários. Sperandio divulgou o projeto da casa após uma manifestação de cerca de cem estudantes na tarde desta terça-feira (1), realizada com um carro de som estacionado à porta da Reitoria.

Reivindicações
Além da construção da moradia, os estudantes reivindicaram que seja servido café-da-manhã no Restaurante Universitário - segundo o reitor, o pedido está em estudo - e autorização para festas e consumo de bebidas alcoólicas dentro do câmpus. Alguns dos manifestantes também traziam escrito no rosto a frase: “Xerox grátis” - o que gera um conflito de interesses com a organização do protesto, uma vez que as fotocópias são administradas por centros acadêmicos, gerando lucro para o Diretório Central do Estudantes (DCE).

O reitor disse que não opina, pelo menos por enquanto, sobre a liberação do câmpus para festas e álcool. Vamos ter que promover um debate em cima disso”, ponderou.

Mesmo proibido dentro da Universidade, o consumo de álcool ocorre durante saraus promovidos quinzenalmente pelo DCE. Segundo o coordenador geral do DCE, Phillip Natal, de 22 anos, acadêmico do 4º ano de Ciências Biológicas, a liberação de festas e venda de álcool na Universidade é uma proposta para evitar problemas de estudantes com a polícia e a vizinhança do Jardim Universitário.

“Os estudantes têm sofrido com a repressão policial, por meio de balas de borracha e spray de pimenta”, afirmou, referindo-se aos conflitos ocorridos próximos de bares das imediações da UEM. “Queremos trazer os estudantes para dentro da Universidade porque a polícia não pode entrar”, emendou Natal, apesar que na prática a polícia pode entrar no câmpus se solicitada pelos vigilantes da instituição.

ACIM