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Pesquisa mostra que população tem medo

Um em cada dez maringaenses já foi vítima ou teve alguém da família atingido pela violência, mostra um estudo do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

A pesquisa, coordenada pelo economista Joilson Dias e encomendada pela Associação Comercial Empresarial de Maringá (Acim), classifica como violência os acidentes de trânsito, agressões, assaltos, furtos e golpes. O levantamento integra um estudo mensal sobre o índice de confiança do consumidor, que busca medir as expectativas dos consumidores para os próximos três meses.

A sensação de perigo domina a maioria dos entrevistados: 45,9% afirmaram que se sentem pouco seguros e 20,4% afirmaram que o sentimento é de total insegurança. Os totalmente seguros somam 5,9% e os seguros são 22,5%. Os indiferentes correspondem a 5,9%.

A maioria dos entrevistados em fevereiro tem entre 51 e 65 anos (25,1%), ensino médio completo (32%), trabalham com carteira assinada (27,7%) e tem renda mensal entre R$ 380 e R$ 1.050 (42,5%).

Apesar da maioria se sentir insegura, as vítimas de violência representam a minoria das pessoas ouvidas pelos pesquisadores. Do total de entrevistados, 88% responderam que não sofreram, pessoalmente ou na família, qualquer tipo de violência na cidade. Já o número de vítimas de crimes e acidentes de trânsito com ferimentos ou mortes totalizam 12%. Os itens assalto, arrombamento de residência ou empresa e acidente de trânsito empataram no número de vítimas, com 3% cada um.

'Sensação de insegurança'

Para o capitão Luiz Carlos Martins da Silva, responsável pelo setor de comunicação social da Polícia Militar, a sensação de insegurança supera a realidade das ruas. "Maringá é uma das cidades mais seguras do Paraná, pelo seu tamanho", defende. "Se as pessoas estão com medo morando aqui, imagine como se sentiriam em Foz do Iguaçu ou Londrina", compara.

O delegado-chefe da 9ª Subdivisão Policial, Antônio Brandão Neto, não comentou a pesquisa. "Não sei quais foram os parâmetros utilizados", justificou.

Em contraste com a sensação de insegurança, o índice de felicidade do maringaense, medido no mesmo estudo, registrou a segunda maior média dos últimos 19 meses, com 90% dos entrevistados declarando estarem felizes, contra 4% infelizes e 6% neutros. A justificativa mais apontada por aqueles se declararam felizes foi "saúde da família", presente em 35% das respostas.

ACIM