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Entidades discutem fim das operações da TAM em Maringá

Preocupados com as notícias divulgadas pela mídia de que a companhia aérea TAM deixaria de operar em Maringá a partir do próximo dia 23, representantes de diversas entidades se reuniram nesta segunda-feira (3), na sede da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM) para discutir o assunto. Estiveram presentes o presidente da ACIM, Carlos Tavares Cardoso, o presidente do Maringá e Região Convention e Visitors Bureau, Sérgio Takao Sato, o presidente do Codem, Wilson de Matos Silva, o presidente do Sivamar, Amauri Donadon Leal, o superintendente do aeroporto, Marcos Antônio Valêncio, proprietários de agências de turismo, entre outros.

O presidente da ACIM lembrou que não é a primeira vez que as entidades se reúnem para discutir estratégias para que companhias aéreas continuem a operar em Maringá. No passado, diversas entidades se uniram para reivindicar a permanência da Interbrasil, Varig e da própria TAM. “Me parece que o problema não é a falta de passageiros. Na semana passada, por exemplo, fiz quatro conexões e o trecho Maringá-Curitiba foi o que tinha o maior número de passageiros”, falou Tavares.

Takao Sato lembrou que a “oferta de vôos é importante para a captação de eventos para a cidade e se a TAM deixar de operar em Maringá, haverá um impacto negativo. Isso sem contar os empregos que deixarão de ser gerados”.

O vice presidente da Fiep e presidente do Sindmetal, Carlos Walter Martins Pedro, questionou se houve aumento nos custos operacionais repassados às companhias aéreas que operam em Maringá e se era mais caro operar em Maringá do que em Londrina e Curitiba.

Marcos Valêncio esclareceu que, devido a uma exigência do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Espaço Aéreo (Cindacta), a torre de operações de Maringá passou a contar com 11 controladores de vôo, 6 observadores meteorológicos, entre outros funcionários, o que elevou a folha de pagamentos para R$ 96 mil, fora os R$ 10 mil pagos à empresa que faz a manutenção dos aparelhos de controle aéreo. “Realmente, isso elevou os custos da TAM de R$ 19 mil para R$ 29 mil por mês, mas acredito que o problema não seja esse, já que o valor é pequeno perto do faturamento da empresa. Nem eu, nem a administração municipal seremos bode expiatório”, declarou.

Ainda segundo o superintendente do aeroporto, notícias veiculadas pela mídia nos últimos dias informaram que a Gol deixaria de operar em Ribeirão Preto e em São José do Rio Preto, ambas em São Paulo, e que a TAM finalizaria suas operações em Maringá e Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. “Os quatro aeroportos têm administração local, portanto não são administrados pela Infraero. Sei que algumas entidades de outras cidades também estão se articulando para evitar o fim das operações das empresas”.

“Se a TAM deixar de operar em Maringá será um grande transtorno. Isso sem contar que vai contra tudo que planejamentos para a cidade”, lamentou Matos Silva.

No final do encontro, formou-se uma comitiva que irá se reunir nesta quarta-feira (5), com a diretoria da TAM em São Paulo. Como o prefeito Silvio Barros já tinha o horário agendado, representantes da ACIM, Codem, Convention Bureau, FIEP e AMAV- Associação Maringaense das Agências de Viagens aproveitarão para reivindicar a permanência da TAM em Maringá.

ACIM