COMÉRCIO

Expectativa dos lojistas do estado é a melhor desde 2002, aponta Fecomércio

A Pesquisa Conjuntural do Comércio, divulgada nesta segunda-feira (18) pela Fecomércio-PR, mostrou um quadro semelhante ao verificado pelo IBGE. Segundo a federação, as vendas no Paraná cresceram 5,5% em dezembro sobre o mesmo período de 2006 (o IBGE apontou 5,1%) e 7,5% no acumulado do ano (o instituto registrou 6,9%). Tanto IBGE quanto Fecomércio-PR indicam os segmentos de veículos e materiais de construção como principais responsáveis pela expansão.

A julgar pelo otimismo dos comerciantes, as vendas devem continuar em alta no estado. De acordo com levantamento da federação, a expectativa dos lojistas para este semestre é a melhor desde o início da série histórica da pesquisa, em 2002: 88,1% dos comerciantes apostam em desempenho favorável entre janeiro e junho. Entre os otimistas, a maioria (52,4%) acredita que as vendas crescerão entre 5% e 10% em relação aos seis primeiros meses de 2007. Apenas 6,2% dos entrevistados prevêem retração.

Até então, o maior índice de otimismo era o do primeiro semestre de 2005 (87,5%). Na época, o comércio do estado vinha de um período de forte expansão -- as vendas haviam subido 11,3% em 2004, segundo o IBGE. No entanto, a partir dali o Paraná atravessou dois anos de fraco desempenho, causado pela retração do agronegócio: as vendas caíram 1% em 2005 e subiram apenas 2,9% em 2006.

Regiões

No Paraná, o maior crescimento do varejo em 2007 foi o da região de Londrina, onde as vendas subiram 10,6%. Em seguida, aparece Maringá, com 8,2%. "Isso é reflexo do crescimento da indústria, que tem peso mais forte nessas regiões", explica Vamberto Santana, economista da Fecomércio.

Segundo ele, o avanço mais fraco do Oeste (6,5%) é explicado pelo menor grau de industrialização em relação às demais regiões pesquisadas. Na Grande Curitiba, o avanço foi de 7%.

"Boa parte dos aposentados, principalmente servidores públicos, se concentra na capital. Esse público teve parte de sua renda comprometida pelo pagamento de empréstimos consignados [com desconto em folha]", diz Santana.

ACIM