EDUCAÇÃO

Impactos da Prova Brasil serão avaliados na região

A UEM, por meio da Coordenadoria de Apoio ao Ensino Infantil, Fundamental, Médio e Educação Especial (CAE), desenvolverá o projeto Avaliação do Impacto dos Resultados da Prova Brasil nas Ações Político-Pedagógicas de Escolas de 1ª à 4ª Série do Ensino Fundamental. A intenção é verificar como as escolas se organizaram para melhorar o nível de ensino e se elas utilizaram os dados da Prova Brasil de 2005 para planejarem as atividades e se eles serviram como referência para ações pedagógicas. O projeto verificará também qual a credibilidade desse instrumento de avaliação de desempenho junto às escolas, qual o conhecimento que professores, diretores e gestores têm sobre o conteúdo, os temas e a competência avaliados. Além disso, as pesquisadoras querem saber se as informações repassadas pelo MEC são bem interpretadas pelos professores e qual a expectativa das escolas em relação à divulgação do desempenho.

Segundo a coordenadora do projeto e da CAE, Marta Sforni, neste momento, estão sendo definidas as escolas a serem pesquisadas e montados os instrumentos de avaliação (questionários e entrevistas semipresenciais), que serão respondidos pelos professores, diretores e gestores de educação. O universo a ser pesquisado deverá ser composto de 80 escolas. A previsão é que, até o meio deste ano, a equipe já tenha os dados coletados e analisados.

Na Prova Brasil, os alunos de 4ª série do ensino fundamental da região apresentaram um desempenho melhor que a média nacional. Mas isso não é motivo de comemoração, já que em outra avaliação internacional (Pisa), o Brasil ficou nos últimos lugares, lembrou Sforni. Para ela, há muito a ser feito, pois as crianças terminam a 4ª série sem conseguir resolver questões de interpretação de texto com um nível mais aprofundado de leitura, sem dominar a leitura, sem dominar o raciocínio matemático. Os resultados, segundo Sforni, refletem a realidade brasileira que exige uma postura de toda a sociedade - desde os professores, diretores, gestores até universidades que formam os educadores, os políticos e governos (destinação e liberação de recursos para a área) e os próprios alunos.

O MEC repassará R$ 300 mil à UEM para execução do projeto, dos quais, já enviou R$ 104 mil. O restante deve se repassado nos próximos dias. Fazem parte da equipe, além de Sforni, as professoras Maria Terezinha Galuch, Ruth Setoguti, Marisa Penati e Heliana da Silva. O grupo contará ainda com auxílio de estagiários.

UEM