ANTIGA RODOVIÁRIA

'Concurso de projetos' define futuro da rodoviária velha

Passados mais de 11 meses desde a interdição da estação rodoviária Américo Dias Ferraz, conhecida como “rodoviária velha”, prefeitura e lojistas instalados no local ainda não entraram em consenso quanto ao destino do prédio.

Esperando contar com o entendimento dos empresários, que têm participação minoritária no imóvel, a administração municipal apresentou nesta terça-feira (15) o edital para a concessão urbanística do terreno, na Praça Raposo Tavares, no centro de Maringá.

“O que está sendo aberto aqui é um concurso de projetos. Cada interessado vai ter que explicar o que pretende fazer, quanto vai gastar e o tempo de duração da obra. Estamos tentando dar o melhor, tanto para o poder público quanto para os proprietários da rodoviária. Tenho certeza de que vocês ainda vão fazer a defesa desse edital”, disse o coordenador de Políticas Urbanas e Meio Ambiente da prefeitura, Jurandir Guatassara Boeira, que conduziu a reunião.

Os lojistas, que entraram na Justiça com uma ação de reintegração de posse, criticam a forma como a prefeitura conduz as negociações.

“Esse edital vem com essa proposta de solucionar esse impasse. O problema é que eles (condôminos) não foram ouvidos antes da elaboração desse edital. Assim, estão sendo obrigados a aceitar, sob pena de desapropriação”, declarou o advogado dos lojistas, Alberto Abrão da Rocha.

Na opinião do advogado, o direito de propriedade dos envolvidos não está sendo respeitado.

“Você tem um bem e tem que vender pela proposta que eles (o vencedor da licitação) fizerem e que for aprovada pela comissão julgadora. É uma situação bastante delicada”, avaliou Rocha, que ainda reclamou do fato de apenas o síndico dos lojistas, servidor da prefeitura, fazer parte da comissão que vai decidir qual o projeto mais vantajoso.

Entre os critérios a serem avaliados estão o menor prazo de execução, melhor projeto de centro cultural e melhor proposta de remuneração para os proprietários, tamanho e tipo da área oferecida em permuta aos condôminos, uso de novas tecnologias no controle do ambiente construído e estética e funcionalidade do projeto.

PMM