ECONOMIA

Gelita vai ampliar fábrica de Maringá, a maior do setor

O Grupo Gelita, que responde por mais de 30% de toda a gelatina de origem bovina produzida no mundo, vai investir R$ 18 milhões na ampliação e aquisição de novos equipamentos para a unidade de Maringá.

Com o investimento, a produção deve aumentar de 11 mil toneladas por ano para 13,5 mil toneladas, consolidando a unidade maringaense como a maior do mundo no setor.

O projeto de expansão será apresentado nos próximos dias à Prefeitura de Maringá e ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para análise. Tão logo seja aprovado, as obras serão iniciadas.

“Praticamente todos os anos a Gelita investe em expansão. Em 2007, houve uma aplicação de R$ 8 milhões na ampliação das instalações e aquisição de novos equipamentos”, disse o gerente da unidade de Maringá, o engenheiro químico Valdemir Simões de Mello.

“A próxima ampliação será superior ao dobro do valor investido em 2007.”

Investimentos em ampliação são regra na unidade da Gelita em Maringá, mesmo em períodos de “vacas magras”.

Como cerca de 80% de toda a produção de gelatina da empresa são destinados à exportação, a queda da cotação do dólar teve reflexos no faturamento da Gelita nas unidades brasileiras.

Mesmo assim, a marca mantém o ritmo de investimentos. Quando a indústria montou a fábrica maringaense, em 1985 (na época, o grupo pertencia aos australianos da Lainer), a produção foi de pouco mais de mil toneladas.

Em 2009, a quantidade produzida será 13 vezes maior do que no ano da fundação.

De acordo com Mello, esses investimentos mostram que o grupo acredita no potencial da região de Maringá. Com isso, a indústria gera mais arrecadação tributária, novas vagas de emprego e incrementa a produção de matéria-prima.

Segundo o gerente, isso faz de Maringá referência na produção de gelatina no mundo. “A Gelita produz um terço de toda a gelatina animal do planeta e Maringá é a maior de suas fábricas”, disse Mello.

Em 2007, o grupo produziu 20 mil toneladas de gelatina no Brasil. Mais da metade desse volume saiu da indústria de Maringá. “A partir do ano que vem, nossa produção será 20% maior do que neste ano”, citou o gerente.

A matéria-prima utilizada pela unidade da Gelita em Maringá, a raspa de couro de gado, é comprada em vários estados. Além de fazer aquisições em frigoríficos e curtumes da região, cerca de 80% são comprados no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Acre e São Paulo.

Com a ampliação da capacidade, o aumento na aquisição de matéria-prima deve chegar à ordem de 20%.

Pratas da casa

“A área de pesquisa é o forte da empresa”, diz o gerente Valdemir Simões de Mello. De acordo com ele, “a pesquisa serve para produzirmos produtos diferenciados e com valor agregado. Junto com a pesquisa, a empresa investe no aumento de volume de produção.”

A indústria de Maringá, na saída para Astorga, funciona 24 horas por dia, todo o ano. Praticamente todos os 130 funcionários são da própria cidade e treinados pela empresa.

Engenheiros de alimentos, químicos, mecânicos, eletricistas e outros profissionais de nível superior são formados pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e absorvidos pela Gelita.

O próprio gerente cursou Engenharia Química na UEM. O primeiro emprego de Mello foi como engenheiro de processos, em 1985, ainda pela Lainer, que foi incorporada pela Gelita South America.

A direção da indústria ainda não sabe quantos empregos vão ser criados com a ampliação da unidade maringaense.

ACIM