ECONOMIA

Substituir produtos ajuda a baratear ceia

Frutas secas, champanhe, pernil, peru e panetone são produtos indispensáveis para preparar o cardápio da ceia de Natal? Nem sempre.

Substituir produtos ajuda a baratear ceia

A tradicional ceia natalina pode ter muitos de seus produtos substituídos para ficar mais em conta. A alternativa é escolher opções mais baratas. ''Ao invés de peru, porque não um frango temperado que tem um ótimo sabor e um preço mais acessível'', sugere a professora de Economia da Unifil, Maria Eduvirge Marandona.

Ficar atento, diz ela, para gastar somente o necessário é outro exercício que as pessoas vão ter que fazer neste final de ano já que tudo indica que a ceia está mais pesada no bolso dos consumidores. ''Às vezes o consumidor acaba levando até produtos que não vai usar na ceia e isso encarece a compra. Um dos produtos que podem ser substituídos com tranquilidade são as frutas secas pelas frutas frescas, que são de época e mais saudáveis'', comenta a professora, acrescentando que o Brasil é um país tropical com uma variedade grande de frutas que podem ser levadas à mesa na noite de Natal.

O peru e o chester, por exemplo, que custam em média R$ 24,00 podem ser substituídos pelos frangos temperados na faixa de R$ 14,00. Em relação ao panetone, Maria Eduvirge, acredita que não pode faltar no Natal. ''É claro que existem as marcas tradicionais, as líderes de mercado, porém há uma infinidade de outras marcas com preços variados. Um panetone fabricado no próprio mercado pode custar R$ 2,99, enquanto um da indústria não sai por menos de R$ 8,00.

Para as bebidas, a economista dá algumas dicas de vinhos. ''Temos ótimas opções de vinhos nacionais que, substituem os importados. Já produzimos vinhos excelentes que podem custar em média 30% a menos do que os importados, considerando já a desvalorização do câmbio'', enfatiza. De acordo com Maria Eduvirges, a ceia de Natal pode chegar a custar 50% a menos se o consumidor optar pelas alternativas. ''Estamos vivendo num momento que é importante repensar aquela tradição de que há necessidade de levar à mesa produtos que sempre fizeram parte da ceia. Hoje, o consumidor tem que usar a criatividade, inovar nos pratos, ver o que pode ser dispensado'', ensina.

Outro ascpeto observado pela economista, que sugere ponderação nas compras de final de ano, são os gastos do mês de janeiro com impostos (IPTU, IPVA), material escolar e uma fatura de cartão de crédito, que inclui todos os presentes de Natal. ''Presentear no Natal é fundamental para a maioria das pessoas, mas não se deve comprar nada a prazo. Evitar ao máximo parcelar e observar as taxas de juros cobradas'', explica Maria Eduvirge, sugerindo ao consumidor comprar algo que realmente a pessoa vá usar. ''As vezes se paga caro num presente e não há utilidade''.
 

Folha de Londrina